Em meio à turbulência política recente, o candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, se pronunciou sobre o controverso pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A iniciativa, liderada pela oposição, busca responsabilizar o ministro por suas ações e decisões. No entanto, Marçal destacou que a responsabilidade de conduzir este pedido é do Congresso Nacional.
O empresário chamou atenção para a necessidade de uma mobilização da população, enfatizando que o Parlamento precisa da força do povo para prosseguir com o processo. “Quem tem competência para fazer isso não é um jornalista, não é um candidato a prefeito. É o Parlamento. O Parlamento está fraco. O Parlamento precisa de força. Para quê? Convoque as pessoas na porta do Parlamento. São 513 deputados”, disse Pablo Marçal.
Quem Deve Decidir o Impeachment de Alexandre de Moraes?

Marçal destacou que a decisão sobre o impeachment de um ministro do STF deve recair apenas sobre o Parlamento. Ele conclamou o povo a pressionar os deputados federais, que são 513 ao todo, a tomarem as rédeas dessa questão. “Aqui vai um recado. Parlamentares, políticos e ministros do Supremo Tribunal Federal só têm medo do povo. Ninguém afina pra nada, nem pra cadeia, nem pra nenhum tipo de ameaça, mas o povo”, explicou Marçal.
No entanto, é importante esclarecer que, na prática, cabe ao Senado Federal a responsabilidade de processar e julgar os ministros do STF em casos de impeachment. Essa distinção é crucial para entender os trâmites políticos e legais do Brasil.
Como a Mobilização Popular Pode Influenciar?
Pablo Marçal acredita firmemente que a mobilização da população é a chave para influenciar as decisões do Parlamento. Em ocasiões anteriores, a pressão popular demonstrou ser um instrumento poderoso na política brasileira. Marçal sugeriu que protestos pacíficos em frente ao Congresso Nacional podem ser uma maneira eficaz de forçar os parlamentares a agir.
Marçal Participa de Ato na Avenida Paulista
No último dia 7 de setembro de 2024, Marçal esteve presente em um ato na Avenida Paulista, organizado pelo pastor Silas Malafaia e com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro. O evento tinha como meta principal a cobrança pelo afastamento de Alexandre de Moraes. Marçal, no entanto, chegou ao local após o fim dos discursos e não conseguiu subir no trio elétrico para se manifestar, o que gerou diversas repercussões na mídia.
A Reação dos Bolsonaristas às Declarações de Pablo Marçal
As colocações de Marçal não passaram despercebidas pelos apoiadores de Bolsonaro. Nas redes sociais, figuras proeminentes do bolsonarismo, como Carlos Bolsonaro e Silas Malafaia, criticaram o posicionamento do candidato. Em agosto, Marçal foi alvo de acusações por insinuar que a saída de Moraes abriria espaço para uma nova indicação ao STF por parte do presidente Lula.
O Que os Críticos Dizem?
Os críticos de Marçal interpretaram suas declarações como uma defesa à permanência de Alexandre de Moraes no STF. Carlos Bolsonaro chegou a acusar Marçal de “passar pano” para o ministro, enquanto Silas Malafaia questionou a autenticidade das críticas de Marçal, sugerindo que ele estaria defendendo o ministro mesmo após “fatos expostos”.
Para Marçal, é fundamental focar no papel que o Parlamento tem neste contexto e na importância do engajamento popular para conduzir o processo de impeachment de forma eficaz e transparente.
Conclusão
O debate sobre o impeachment de Alexandre de Moraes e a postura de líderes políticos como Pablo Marçal revelam a complexidade envolvida na política brasileira. A discussão sobre a responsabilidade do Parlamento e a necessidade de mobilização popular evidenciam o papel ativo que a sociedade pode e deve desempenhar na fiscalização e acompanhamento das ações de seus representantes. O desenrolar dessa situação continuará a ser acompanhado de perto por todos os segmentos da sociedade.