Uma descoberta alarmante foi feita nas instalações do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), onde dispositivos eletrônicos irregulares, popularmente conhecidos como ‘chupa-cabras’, foram identificados em diversos pontos do seu prédio, incluindo o andar da Presidência. Esse evento suscitou grandes preocupações com a segurança das informações internas do órgão.
A Polícia Federal (PF) já iniciou uma investigação detalhada após ser notificada sobre uma anormal lentidão no sistema que gerencia o fluxo de dados do INSS. Este sintoma levou a uma inspeção que resultou na descoberta inicial de três destes dispositivos. Após uma varredura mais extensa, outros quatro foram encontrados, totalizando sete aparelhos suspeitos.
O que se sabe sobre os dispositivos encontrados no INSS?

No dia 26 de junho, servidores do INSS notaram um desempenho incomum do sistema de monitoramento, especialmente uma severa lentidão. Isto motivou a equipe técnica a realizar uma verificação interna, resultando na descoberta dos dispositivos eletrônicos. A presença destes aparelhos provocou especulações sobre uma possível brecha de segurança interna, suspeitando-se que indivíduos com acesso ao prédio possam ter sido corrompidos pelo crime organizado para instalar tais equipamentos.
Como a organização está lidando com este problema?
Desde que os dispositivos foram encontrados, medidas de precaução foram tomadas instantaneamente. O INSS tem fortalecido suas estruturas de segurança de dados e assegura que, graças à criptografia aplicada desde maio, nenhum dado de beneficiário foi exposto. Alessandro Stefanutto, presidente do INSS, enfatizou a seriedade com que este caso está sendo tratado e as ações de cooperação com a Polícia Federal para resolver esta questão delicadamente.
Quais são os próximos passos na investigação?
A investigação do caso está atualmente em andamento e está sendo conduzida sob sigilo. A Polícia Federal, com a ajuda de imagens do circuito interno e depoimentos dos servidores, busca identificar os responsáveis pela instalação dos dispositivos. Até o momento, ainda não há confirmações sobre quem poderiam ser os possíveis culpados.
Este tipo de incidente não é isolado e já foi relatado em outras agências do país desde 2022, indicando uma possível série de ataques ao sistema de segurança do INSS. O Tribunal de Contas da União (TCU) anteriormente já havia solicitado uma revisão do sistema de segurança, especialmente por serem notadas vulnerabilidades que ainda estavam sendo monitoradas por ex-funcionários.
Esforços contínuos para fortalecer o sistema de segurança e prevenir futuras violações estão sendo priorizados enquanto a instituição trabalha lado a lado com as autoridades para garantir a integridade de seus dados e proteger seus beneficiários. O caso revelou a necessidade imperiosa de constante vigilância e atualização dos protocolos de segurança em todas as instâncias públicas.