O Brasil deu mais um grande passo na ampliação de sua infraestrutura energética com um novo acordo com a Bolívia. Nesta semana, foi celebrado um compromisso que amplia a capacidade de geração da Usina Hidrelétrica de Jirau, um avanço significativo para o setor energético dos dois países.
Localizada no Rio Madeira, em Rondônia, a usina de Jirau é uma das maiores geradoras de eletricidade do país, apresentando uma capacidade instalada que impressiona pela sua grandiosidade. Com 50 unidades geradoras e uma intensa conexão com o sistema nacional, a usina desempenha um papel crucial na oferta de energia.

Localizada no Rio Madeira, em Rondônia, a usina de Jirau
O que muda com a nova expansão da Usina de Jirai?
Muito além do aumento da produção, o acordo assinado permite elevar o nível do Rio Madeira até a cota de 90 metros. Isso significa uma elevação significativa que aumentará a eficiência das unidades geradoras da hidrelétrica. Estima-se que essa medida proporcionará um ganho comparável ao consumo de uma cidade de dois milhões de habitantes.
Impactos da ampliação para a região e o meio ambiente
Além de aumentar a oferta de energia, a expansão da Usina de Jirau traz benefícios como a melhoria na gestão hídrica da região. Importante destacar que, tradicionalmente, a usina produz mais energia durante o período de chuvas e menos durante as secas, devido à falta de um reservatório robusto. Com a elevação do rio, espera-se uma produção mais consistente ao longo do ano.
Interconexão energética entre Brasil e Bolívia
Junto aos avanços na Usina de Jirau, um segundo acordo promove a interconexão dos sistemas de energia entre Brasil e Bolívia. Essa estratégia não apenas fortalece a segurança energética na região amazônica dos dois países como também contribui para a descarbonização do ambiente. Subestações em Guajará-Mirim e Epitaciolândia, no Brasil, conectar-se-ão com Guayaramerin e Cobija, na Bolívia, respectivamente.
A cooperação na área de gás natural
Ainda como parte dos acordos, foi celebrada a utilização da infraestrutura de dutos já existente, facilitando o transporte de gás natural. Este movimento é especialmente vantajoso para o mercado consumidor brasileiro, que poderá acessar nova oferta de gás natural da Bolívia e da Argentina, ampliando a concorrência e favorecendo preços mais acessíveis.
Essas medidas conjuntas entre o Brasil e a Bolívia ressaltam não apenas o fortalecimento dos laços entre os dois países, mas também o comprometimento com uma política energética mais sustentável e eficiente. Com a implementação desses acordos, espera-se que ambos os países avancem significativamente no desenvolvimento de uma matriz energética robusta e ambientalmente compatível.