No início deste mês, o estado de Rondônia enfrentou uma situação extremamente crítica devido a uma severa seca que afetou a região. Diante deste cenário alarmante, o governo estadual proclamou uma “situação de emergência estadual”. Este anúncio foi um reflexo direto das condições adversas que prejudicaram o abastecimento e a qualidade de vida dos habitantes do estado.
Em resposta a esta calamidade natural, a Defesa Civil Nacional interveio, reconhecendo oficialmente a emergência em 18 cidades. Ji-Paraná, considerado o segundo maior município do estado com aproximadamente 124 mil residentes, está entre os mais afetados. Esta ação permitiu que medidas emergenciais fossem imediatamente implementadas para mitigar o sofrimento da população local.

Com a seca, governo decretou emergência ambiental em todos os 22 municípios do estado. — Foto: Odair Leal/Sesacre
Quais medidas foram adotadas em resposta à estiagem em Rondônia?
As autoridades locais, com o apoio do reconhecimento federal, puderam solicitar recursos adicionais destinados a atender as necessidades básicas. Entre os auxílios requisitados estão cestas básicas, água mineral, e kits de limpeza e higiene pessoal, essenciais para garantir um mínimo de dignidade durante este período crítico.
Qual foi o papel do Comitê de Crise Hídrica?
Além das ajudas emergenciais, o governo de Rondônia estabeleceu um Comitê de Crise Hídrica responsável pela coordenação das estratégias de mitigação dos efeitos da seca. Ensino a distância foi reintegrado em áreas severamente afetadas, visando a segurança e o bem-estar dos estudantes. Além disso, encontros com produtores rurais foram organizados para discutir alternativas que minimizem os impactos no setor agrícola, fundamental para a economia local.
Como outros estados da região Norte estão lidando com condições similares?
O Acre, vizinho de Rondônia, também enfrenta desafios semelhantes com a seca nos rios e igarapés. Recentemente, três municípios decretaram emergência ou calamidade pública. Em Rio Branco, a capital do estado, o nível do Rio Acre caiu para 1 metro e 63 centímetros, um indicativo alarmante que compara quase com os registros históricos mais baixos.
Em 2023, tanto Rondônia quanto Acre testemunharam mínimas históricas nos níveis dos rios, impactando diretamente comunidades que dependem do transporte fluvial. Essas condições extremas reforçam a necessidade de medidas prolongadas e estruturadas para adaptação e resposta às mudanças climáticas na região Norte do Brasil.
A situação em Rondônia é um lembrete crucial da vulnerabilidade de certas regiões a fenômenos climáticos extremos e a importância de uma resposta rápida e eficaz por parte dos governos estaduais e federal. Com o verão amazônico se estendendo até outubro, mais ações podem ser necessárias para prevenir danos maiores e garantir a segurança e o sustento da população local.