Na tarde desta terça-feira (24/9), a Justiça de Pernambuco liberou o cantor sertanejo Gusttavo Lima com um habeas corpus, e assim a retenção de seu passaporte também foi cancelada. Este foi um movimento significativo após seus advogados, Delmiro Dantas Campos Neto, Matteus Macedo e Cláudio Bessas, terem apresentado o pedido na segunda-feira (22).
A decisão anterior de prisão do cantor havia causado alvoroço entre os fãs e a mídia, e foi assinada pela juíza Andrea Calado da Cruz do Tribunal de Justiça de Pernambuco. A polêmica gira em torno de supostas conexões financeiras entre Gusttavo Lima e indivíduos investigados por atividades ilícitas.
Por que Gusttavo Lima Recebeu Habeas Corpus?

O pedido de prisão do cantor surgiu dentro da Operação Integration, que também incluiu a influenciadora e advogada Deolane Bezerra. Na sexta-feira (20), o Ministério Público de Pernambuco havia requisitado substituição das prisões preventivas por outras medidas cautelares, no entanto, a juíza Andrea Calado da Cruz acolheu os argumentos da Polícia Civil de Pernambuco e ordenou a prisão preventiva.
Segundo a juíza, “Nivaldo Batista Lima [nome verdadeiro de Gusttavo Lima] demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça”. O argumento principal é que o cantor teria uma relação financeira com foragidos e movimentações suspeitas que podem indicar envolvimento em atividades criminosas.
Envolvimento na Operação Integration
A Operação Integration investiga um esquema de lavagem de dinheiro vinculado a jogos do bicho e jogos de azar. A Balada Eventos e Produções LTDA, empresa da qual Gusttavo Lima é sócio, estaria envolvida na ocultação de valores obtidos por meio desses jogos ilegais. Além disso, a venda de um avião para uma das empresas investigadas gerou ainda mais suspeitas.
Contudo, a defesa do cantor nega qualquer envolvimento. Gusttavo Lima fez questão de se posicionar em suas redes sociais, expressando que não há participação sua ou de sua empresa em esquemas criminosos. A defesa afirmou que a ordem de prisão era “injusta e sem fundamento.”
O Impacto da CPI do Sertanejo
No ano de 2022, Gusttavo Lima esteve envolvido na “CPI do Sertanejo”. A investigação discutia os cachês milionários pagos por prefeituras de pequenas cidades para grandes shows, utilizando verbas públicas. A situação levantou dúvidas sobre a justificativa desses altos pagamentos em municípios com poucos recursos.
Os altos cachês são atribuídos a vários fatores: a dominância do sertanejo nas rádios e no streaming, a cultura de grandes shows e o alcance do gênero musical nas regiões rurais do Brasil. Esses elementos, combinados, tornam os cachês dos cantores sertanejos os mais valiosos do país.
Gusttavo Lima e as Redes Sociais
Com a decisão favorável, Gusttavo Lima usou suas redes sociais para se manifestar contra a acusação e a ordem de prisão. Ele classificou as ações das autoridades como excessivas e sem fundamento, reafirmando que tanto ele quanto sua empresa estão à margem de qualquer atividade ilegal.
Os fãs do cantor receberam com alívio a notícia do habeas corpus e da revogação da retenção de seu passaporte. No entanto, o caso continua em andamento, prometendo novos capítulos e possivelmente mais reviravoltas.
- O habeas corpus foi concedido nesta terça-feira (24/9).
- Juíza Andrea Calado da Cruz havia determinado a prisão do cantor.
- A defesa de Gusttavo Lima nega qualquer envolvimento em atividades ilegais.
- A Operação Integration investiga esquemas de lavagem de dinheiro.
- A “CPI do Sertanejo” levantou questionamentos sobre cachês milionários pagos por prefeituras.