O ensino médio brasileiro está prestes a passar por uma transformação significativa. Recentemente, a reforma proposta foi aprovada quase unanimemente após extensos debates no Congresso Nacional e consultas ao Ministério da Educação e à sociedade civil. Este momento marca um ponto crucial na educação brasileira, com 437 votos a favor e apenas um contra.
A reforma mantém a carga horária total de 3 mil horas ao longo dos três anos do ensino médio. No entanto, há uma reestruturação na distribuição das horas entre disciplinas obrigatórias e optativas, objetivando um aprofundamento em áreas específicas de conhecimento. Vamos entender mais sobre o que mudou e como isso pode afetar estudantes e professores.
O que muda na carga horária e disciplinas?

Anteriormente, o ensino médio dividia-se em 1.800 horas para matérias obrigatórias e 1.200 para optativas. Com a nova reforma, as horas de disciplinas obrigatórias aumentam para 2.400 horas, enquanto as optativas são reduzidas para 600 horas.
Quais são as novas disciplinas obrigatórias?
Além de Português, Matemática, Educação Física, Arte, Sociologia e Filosofia, que já faziam parte do currículo, agora, disciplinas como Inglês, Ciências da Natureza e Ciências Humanas foram adicionadas à lista obrigatória. Curiosamente, o Espanhol continua sendo optativo, embora tenha sido considerado para obrigatoriedade no Senado.
Como fica o ensino técnico e a educação à distância?
No que tange ao ensino técnico profissional, a carga horária total permanece inalterada em 3 mil horas. No entanto, as horas dedicadas às matérias obrigatórias aumentaram de 1.800 para 2.100 horas, permitindo até 300 horas aproveitadas dentro da formação técnica específica. O ensino à distância, por sua vez, passa a ser restrito e somente autorizado em situações excepcionais e temporárias, dependendo dos critérios estabelecidos por cada estado.
O texto também traz uma novidade importante: a obrigatoriedade de os estados oferecerem pelo menos uma escola pública com ensino médio noturno em cada cidade, respondendo assim às demandas locais. Essa medida tem potencial para democratizar ainda mais o acesso ao ensino médio.
- Reestruturação das horas letivas entre disciplinas obrigatórias e optativas.
- Inclusão de novas disciplinas obrigatórias como Inglês, Ciências da Natureza e Ciências Humanas.
- Limitação do ensino à distância a situações excepcionais.
- Obrigatoriedade de ensino médio noturno em cada cidade, conforme a demanda.
À medida que nos aproximamos de 2025, quando a implementação da nova estrutura está prevista para começar, espera-se que estas mudanças proporcionem um ensino médio mais flexível e profundo, alinhado às necessidades contemporâneas dos estudantes. As redes de ensino terão até o fim de 2024 para se adaptar, garantindo que os professores estejam preparados para enfrentar os desafios dessa nova era educacional. A sanção do presidente Lula ainda é necessária para que as mudanças entrem oficialmente em vigência.