Você vai entender rapidamente por que o Ibovespa superou a marca de 145 mil pontos pela primeira vez e como isso afeta seus investimentos. O movimento foi impulsionado pelo corte de 0,25 ponto do Fed, pela expectativa de manutenção da Selic em 15% e pelo fortalecimento do real — fatores que atraíram capital estrangeiro e elevaram ações.
Para contexto sobre como um corte do Fed pode mexer com investidores, veja também o comentário sobre o impacto do corte do Fed nos seus investimentos.
Ibovespa dispara e bate novo recorde
O Ibovespa subiu 1,06% e fechou em 145.594 pontos — a primeira vez acima de 145 mil. Esse avanço reflete maior apetite por ativos brasileiros diante do cenário internacional e do diferencial de juros. Setores e empresas nacionais com forte presença internacional, como a Embraer, e players do setor financeiro também podem ser afetados por esse fluxo de capital.
Dólar: mínima do dia e fechamento
O dólar tocou R$ 5,27 durante o pregão e fechou com leve alta de 0,06%, a R$ 5,3012 — o menor patamar desde 6 de junho do ano passado (R$ 5,2498). A valorização do real contribuiu para a alta da bolsa.
Por que isso aconteceu? Superquarta: Fed cortou e Copom deve manter
- Fed: corte de 0,25 p.p. para a faixa de 4%–4,25% ao ano — primeiro corte em nove meses. O Fed apontou possibilidade de ao menos mais dois cortes este ano, o que alterou expectativas globais. Para entender melhor as possíveis consequências econômicas desse movimento, consulte a análise sobre o corte do Fed.
- Brasil: mercado projeta Selic em 15% pelo Copom. O diferencial entre Selic e juros nos EUA torna o mercado brasileiro mais atraente para investidores estrangeiros, valorizando real e ações. Para quem prefere renda fixa, alternativas como o Tesouro Selic mostram como os rendimentos se comportam na prática.
Fed, Trump e clima político nos EUA
Pressões políticas sobre o Fed trouxeram atenção à independência do banco central — havia tentativas de interferência na nomeação/demissão de diretores, ação que foi suspensa pela Justiça. Na votação, um membro (Stephen Miran) preferiu corte maior (0,5 p.p.); Lisa Cook votou com a maioria pelo corte de 0,25 p.p. Além disso, medidas comerciais externas, como as discussões sobre novas tarifas, podem afetar fluxos e exportações.
IGP‑10: o que mudou e possíveis efeitos nos preços
- IGP‑10 (setembro): 0,21% (agosto: 0,16%; esperado: 0,34%).
- Acumulação 12 meses: 2,88%.
- Acumulação no ano: -1,06%.
Componentes:
- IPA‑10 (atacado): 0,27% — destaque para café em grão: 22,37%.
- IPC‑10 (consumo): -0,13% — recuo em saúde e cuidados pessoais.
- INCC‑10 (construção): 0,42%.
Alta no atacado pode pressionar preços ao consumidor no futuro, mas o recuo do IPC alivia o momento.
Como isso influencia suas escolhas de investimento
- A combinação de cortes nos EUA e Selic elevada atrai capital estrangeiro para o Brasil, valorizando ações e o real.
- Para quem tem renda fixa atrelada à Selic, a taxa ainda é atrativa; veja por que a renda fixa pode ser uma alternativa no cenário atual.
- Em renda variável, reveja posições e considere volatilidade; diversificação e gestão de risco continuam essenciais — confira sugestões práticas para turbinar seus investimentos respeitando seu perfil.
- Quem planeja viagens deve acompanhar a cotação: o dólar está mais barato que no início do ano, mas movimentos podem mudar rapidamente.
- Se seu objetivo for imóvel, avalie também opções como utilizar o FGTS para entrada ou financiamento; orientações sobre usar o FGTS na compra da casa própria podem ser úteis. Além disso, fique atento a eventuais pagamentos e distribuição de lucros do FGTS: informações sobre distribuição de lucros do FGTS.
Para quem busca segurança e instrução básica, o passo a passo sobre como começar no Tesouro Direto pode ajudar a montar uma parte conservadora da carteira. Se prefere simular outros produtos de renda fixa, há cálculos práticos para entender retornos de CDBs e outros títulos: por exemplo, veja a projeção de ganho ao investir em um CDB com R$50 mil.
Bolsas no exterior: sinais mistos
- Dow Jones: 0,57% — 46.018,32 pts
- S&P 500: -0,10% — 6.600,43 pts
- Nasdaq: -0,33% — 22.261,33 pts
- Hang Seng: 1,78% — 26.908 pts
- STOXX 600: -0,03%
Queda em ações de tecnologia, como a Nvidia, foi motivada por notícias de possíveis restrições nas compras de chips por empresas chinesas, além de preocupações sobre demanda e políticas comerciais.
Resumo do dia
- Fed cortou 0,25 p.p. e sinalizou mais reduções;
- Selic deve permanecer em 15%;
- Ibovespa bateu recorde acima de 145 mil pontos;
- Dólar caiu e fechou a R$ 5,3012 (mínima intradiária R$ 5,27);
- IGP‑10 subiu, com forte alta no café;
- Bolsas globais ficaram mistas.
Conclusão
O Ibovespa subiu por conta do corte do Fed e do diferencial de juros em favor do Brasil. Há oportunidades, mas também volatilidade e riscos — inflação, dados econômicos e instabilidade política podem afetar preços e mercados. Revise alocações, proteja ganhos e ajuste conforme seu perfil de risco.
Perguntas Frequentes
- Por que o Ibovespa subiu acima de 145 mil pontos?
O combinado do corte de 0,25 p.p. do Fed e da expectativa de Selic em 15% ampliou o diferencial de juros, atraindo fluxo estrangeiro para ações brasileiras. - O corte do Fed foi o principal motivo da alta?
Sim. O corte e a sinalização de novos alívios reduziram o apelo de ativos em dólar, beneficiando mercados emergentes como o Brasil. - A manutenção da Selic em 15% é positiva para o mercado?
Em geral sim, porque mantém o prêmio sobre ativos externos e atrai fluxo, mas também sustenta risco de juros e volatilidade. - Como o dólar influenciou esse movimento?
A desvalorização do dólar frente ao real (mínima intradiária de R$ 5,27; fechamento R$ 5,3012) reforçou a alta do Ibovespa ao reduzir custos para investidores locais e melhorar a atratividade de ativos brasileiros. - É hora de comprar ações agora?
As condições estão favoráveis, mas há riscos. Avalie seu perfil, prazos e diversificação; para ideias práticas de diversificação e estratégias, considere as formas de turbinar seus investimentos antes de decidir.