Em 2014, o Brasil enfrentou uma das suas maiores tragédias futebolísticas: a goleada devastadora de 7 a 1 para a Alemanha, durante as semifinais da Copa do Mundo.
Dez anos se passaram desde aquele fatídico 8 de julho, em Belo Horizonte, no estádio do Mineirão.
Esse evento marcou não só a memória dos brasileiros mas também a do futebol mundial.
A pergunta “Onde você estava no 7 a 1?” tornou-se quase um ritual entre os aficionados por futebol no Brasil.
Neste artigo, revisitaremos aquele dia sob diversas perspectivas, incluindo a de Pedro Mesquita, que na época, com apenas 10 anos, teve a experiência única de entrar em campo com o goleiro Júlio César.
As Recordações de Pedro Mesquita: de Fã a Testemunha da História

Pedro Mesquita, que hoje tem 20 anos, ainda guarda em sua memória os momentos antes do jogo começar.
Ele relata a concentração tensa dos jogadores brasileiros, a atmosfera antes do apito inicial e como tudo isso contrastava com a alegria e descontração de alguns jogadores como Marcelo e Bernard.
Quando os gols começaram a surgir, o Mineirão, que estava repleto de vigor e entusiasmo, rapidamente se transformou – em suas palavras – em um “clima de velório”.
Mesquita, ainda uma criança na época, não conseguiu absorver a magnitude daquilo durante o jogo. Mas sentiu o choque em todos ao seu redor, inclusive em seu pai, que expressou o desejo de deixar o estádio ao intervalo.
Paixão Pelo Futebol Não Esmorece
Apesar da dura lembrança, Mesquita não deixou que a derrota diminuísse seu amor pelo futebol. Torcedor do Atlético-MG, ele manteve o hábito de frequentar estádios.
Ele revela que, embora sua relação com a Seleção tenha se distanciado, seu coração ainda bate forte pelo futebol. Esta paixão é cultivada, festa após festa, jogo após jogo, sem esmorecer mesmo após o episódio trágico.
Impacto e Legado do 7 a 1 no Brasil
Além disso, o resultado daquela partida desafiou a compreensão de muitos experts no esporte.
Narradores e comentaristas tentaram explicar o inesperado sem sucesso, o silêncio se instalou no estádio, e até mesmo os alemães pareceram incrédulos com os acontecimentos.
João Guilherme, um dos responsáveis pela narração da partida na época, descreve essa experiência como a “pior sensação” de sua carreira.
Ele relembra a previsão de Vanderlei Luxemburgo sobre a escalação questionável e como o meio-campo aberto foi crucial para o desenlace da partida.
A análise de João aponta que a falta de Neymar e Thiago Silva e a subsequente desestabilização emocional e tática dos jogadores brasileiros contribuíram significativamente para o resultado.
Mesmo uma década depois, o eco do 7 a 1 ainda ressoa. Servindo, dessa forma, como um lembrete da impermanência da glória e da fragilidade humana até no futebol, um jogo tão amado mundialmente.
Por fim, reviver essa história não é apenas relembrar a derrota, mas também compreender a resiliência e a paixão que definem fãs e jogadores brasileiros, que continuam a amar e a se dedicar ao futebol com fervor, apesar dos altos e baixos.