O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez uma série de afirmações polêmicas sobre o sistema eletrônico de votação utilizado no Brasil. Durante discurso para seus apoiadores, Maduro disse que o sistema brasileiro “não é auditado” e comparou com o sistema venezuelano, que segundo ele, possui a melhor tecnologia eleitoral do mundo com várias auditorias.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) prontamente respondeu às declarações do líder venezuelano, publicando uma nota oficial em seu site nesta quarta-feira, 24 de julho de 2024. O TSE detalhou as diversas camadas de segurança e auditoria presentes no sistema brasileiro, destacando a integridade e a transparência do processo eleitoral.
Como funciona a auditoria nas urnas eletrônicas brasileiras?
Maduro afirmou que na Venezuela são realizadas auditorias em tempo real de 54% das urnas e questionou: “Em que outra parte do mundo se faz isso?”. Em seu comunicado, o TSE explicou que no Brasil, há várias fases de auditoria interna e externa que garantem a integridade do sistema eleitoral.
O sistema brasileiro de auditoria das urnas eletrônicas inclui diversos mecanismos e protocolos que verificam se o voto depositado pelo eleitor foi computado corretamente, alinhado com a escolha de quem votou. Esta auditoria é um processo contínuo que ocorre antes, durante e após as eleições.
Qual a resposta do TSE a Nicolás Maduro?
Sem citar diretamente Nicolás Maduro, o TSE esclareceu que existe uma série de etapas de auditoria que analisam as urnas eletrônicas e os sistemas eleitorais. Entre os instrumentos de auditoria está o Boletim de Urna (BU), disponível para todos imediatamente após o pleito.
- Revisão do código-fonte antes das eleições.
- Testes públicos de segurança.
- Auditorias internas e externas.
- Verificação dos Boletins de Urna (BU) após o pleito.
Esses processos garantem que cada voto depositado na urna seja contabilizado corretamente, respeitando a escolha do eleitor e proporcionando transparência ao processo eleitoral.
Quais foram as reações no Brasil às declarações de Maduro?
As declarações de Maduro sobre um possível “banho de sangue” caso perca as eleições na Venezuela causaram reações imediatas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu dizendo que se assustou com a declaração do homólogo venezuelano e aconselhou: “Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora”.
A principal candidata da oposição na Venezuela, Maria Corina Machado, está impossibilitada de concorrer nas eleições que acontecerão neste domingo, 28 de julho de 2024. Maduro é acusado de usar instituições do país para se manter no poder, censurar candidatos de oposição e usar as forças armadas para reprimir movimentos populares.
Por que a transparência é crucial nas eleições?
A transparência em processos eleitorais é fundamental para garantir a confiança dos eleitores no sistema democratico. A auditoria das urnas eletrônicas no Brasil assegura aos eleitores que cada voto será contabilizado de maneira justa e precisa.
- Garante a legitimidade do processo eleitoral.
- Diminui as chances de fraude eleitoral.
- Fortalece a confiança do público nas instituições democráticas.
- Proporciona um ambiente político estável.
As camadas de segurança e auditoria do sistema eleitoral brasileiro servem como um exemplo de como tecnologia e transparência podem atuar em conjunto para fortalecer a democracia.
Desta forma, mesmo diante de críticas e questionamentos, o Brasil continua a confiar em seu sistema eletrônico de votação, considerado um dos mais avançados e auditados do mundo. A resposta rápida e detalhada do TSE reafirma o compromisso com a transparência e a integridade das eleições no país.
