Na última década, o Brasil se viu frente a consideráveis mudanças nos indicadores sociais e ambientais, que culminaram em uma transformação notável na classificação do país no Índice de Progresso Social (IPS). Este índice, lançado originalmente em 2014 pelo renomado Professor Michael Porter, da Harvard Business School, busca oferecer uma visão mais ampla sobre o desenvolvimento das sociedades, indo além dos dados econômicos, para realmente entender o quadro social e ambiental das regiões.
Em 2024, resultados recentes do IPS apontam uma variação significativa entre as regiões brasileiras, com algumas cidades apresentando melhorias significativas em qualidade de vida, enquanto outras infelizmente obtiveram regresso. Com foco especial nas 20 melhores e 20 piores cidades classificadas pelo IPS neste ano, este artigo explora os fatores que influenciam tanto as altas quanto as baixas pontuações neste importante ranking.
Como o Índice de Progresso Social Avalia as Cidades?
O Índice de Progresso Social cria uma métrica detalhada para entender o ambiente e a qualidade de vida em um local específico. Ele se baseia em diversos indicadores sociais e ambientais, como níveis de alfabetização, acesso a informações, sustentabilidade, níveis de segurança, entre outros. Essa avaliação multifacetada permite que governos locais e organizações possam ajustar suas políticas para atender melhor às necessidades de suas comunidades.
Quais São as Piores Cidades em Qualidade de Vida?
O recente relatório destaca uma concentração de cidades com baixo índice de progresso no norte do Brasil, em especial no estado do Pará. Uiramutã, localizada em Roraima e fronteiriça com a Guiana, apresenta-se como a cidade com o menor índice de 37,63. Aqui, dificuldades em infraestrutura básica e acessos a serviços essenciais ainda são desafios prementes.
- Alto Alegre (RR) – 38,38;
- Trairão (PA) – 38,69;
- Bannach (PA) – 38,89;
- Jacareacanga (PA) – 38,92;
- Cumaru do Norte (PA) – 40,64;
E as Melhores Cidades, Quais São?
Em contraposição, as melhores cidades classificadas pelo IPS estão predominantemente localizadas no estado de São Paulo. Gavião Peixoto lidera a lista com uma impressionante pontuação de 74,49, seguida de perto por grandes centros como Brasília e São Carlos. Estas regiões demonstram maior equilíbrio entre crescimento econômico e desenvolvimento social.
- Gavião Peixoto (SP) – 74,49;
- Brasília (DF) – 71,25;
- São Carlos (SP) – 70,96;
- Goiânia (GO) – 70,49;
- Nuporanga (SP) – 70,47;
O IPS continua a ser uma ferramenta crucial para compreender as dinâmicas de qualidade de vida nas cidades brasileiras. Ao destacar as áreas de sucesso e aquelas que ainda necessitam de atenção, ele fornece uma base sólida para a criação de estratégias efetivas que visam melhorar a vida dos cidadãos em todo o país. A partir do entendimento difundido por este índice, espera-se que as cidades com menores pontuações possam encontrar caminhos para superar seus desafios, promovendo uma melhoria generalizada em toda a região.
