Recentemente, a Crefisa e o Banco Mercantil destacaram-se no leilão da folha de pagamento do INSS, evento este que gerou alterações significativas na forma como os benefícios dos novos aposentados serão geridos a partir de 2025. Essa mudança promete impactar a gestão de benefícios e a oferta de crédito consignado aos aposentados, criando novas dinâmicas entre bancos e clientes. O leilão, realizado em meio a um contexto jurídico complexo, visava selecionar instituições financeiras para gerenciar a folha de pagamento de novos beneficiários do INSS. O processo incluiu 26 lotes, dos quais a Crefisa arrematou 25 e o Banco Mercantil conquistou um. A expectativa do INSS é arrecadar R$ 15 bilhões com esta operação até 2029, refletindo um movimento estratégico para otimizar a gestão dos recursos previdenciários.
Quem são os novos gerenciadores da folha do INSS?

A Crefisa e o Banco Mercantil são os novos protagonistas na administração de parte significativa dos depósitos feitos aos novos aposentados e pensionistas. A Crefisa, com 25 lotes ganhos, exercerá um papel principal nessa administração, enquanto o Banco Mercantil gerenciará a folha dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
De acordo com os novos regulamentos, os beneficiários que se aposentarem a partir de janeiro de 2025 deverão receber o primeiro pagamento no banco vencedor do leilão. Entretanto, têm a liberdade de transferir sua conta para outro banco posteriormente, conforme lhes for mais vantajoso. Esse movimento se insere num contexto competitivo, onde o crédito consignado ganha novos contornos.
Como o leilão afeta o crédito consignado do INSS?
A partir de 2025, entrará em vigor uma nova normativa que favorece os bancos vencedores no oferecimento de crédito consignado. Esse tipo de empréstimo, que permite o desconto direto no benefício do aposentado, é uma das opções de crédito mais atrativas para esta faixa populacional. Com as novas regras, estes bancos terão a oportunidade de se destacar na oferta de condições e taxas competitivas para os novos aposentados.
O INSS, ao desenhar essa nova estrutura de oferta, busca aumentar a concorrência e otimizar os serviços prestados aos segurados. Apesar das vantagens, a medida enfrentou desafios jurídicos, com questionamentos sobre sua conformidade com princípios de livre concorrência, o que resultou em uma liminar para suspender parte das alterações propostas.
Quais são as perspectivas para aposentados e pensionistas?
Com o novo sistema, aposentados que tiverem seus benefícios concedidos a partir de 2025 terão uma nova dinâmica em sua relação com as instituições bancárias. Inicialmente, a escolha do banco ao qual seu benefício será depositado caberá ao INSS, com base nos resultados do leilão. No entanto, cabe aos beneficiários a decisão final sobre onde manter sua conta corrente após o primeiro recebimento.
Essa flexibilidade é essencial, especialmente considerando o foco na redução de custos pessoais através de menores taxas de juros nos empréstimos consignados, algo que pode variar entre instituições. Beneficiários são encorajados a revisar suas opções e considerar transferências para instituições que proporcionem melhores vantagens financeiras.
Como será o cenário após o julgamento na Justiça?
A implementação dessas mudanças depende do desfecho das ações judiciais que contestam elementos do leilão e da normativa. O INSS defende que o modelo é benéfico, advogando que ele não compromete a concorrência justa no mercado bancário. Até o julgamento final, a estrutura proposta pelo leilão permanecerá parcialmente suspensa.
Independentemente do resultado jurídico, espera-se que as adaptações necessárias no sistema do INSS ocorram progressivamente para acomodar qualquer decisão. A expectativa é que essas mudanças tragam um período de ajustamento tanto para instituições financeiras quanto para os novos beneficiários, moldando uma nova fase para a administração dos recursos do INSS no Brasil.