A recente implementação da Lei do Desenrola, em outubro de 2023, trouxe mudanças significativas para o universo das fintechs e empresas de maquininhas de cartão. Esta legislação trouxe um novo teto para os juros em transações de crédito, fixando-o em no máximo 100% do valor principal da dívida. Contudo, deixou intacta a prática do parcelamento sem juros, gerando amplo debate entre os principais agentes do mercado financeiro.
No coração dessa discussão está a defesa ferrenha do parcelamento sem juros pelas empresas de maquininhas. Essas empresas se viram na necessidade de argumentar em favor de manter as condições atuais de financiamento sem acréscimo de juros, o que é visto por muitos consumidores como um grande benefício. A contestação veio em várias frentes, incluindo a criação de uma comissão técnica para lidar com o tema.
Como a Lei do Desenrola Afeta o Consumidor?

A posição das maquininhas de cartão e a criação do fórum técnico apontam para uma concertação de interesses. Este fórum tem como prioridade não apenas a discussão sobre o parcelamento, mas também a melhoria contínua do ambiente de negócios. “Visamos melhorar o ambiente jurídico e econômico, visando a melhoria contínua de serviços e produtos”, afirmam em nota conjunta.
O Impacto das Medidas Criminais e Acordos no Setor
Uma das voltas mais dramáticas neste cenário foi a desistência da Febraban em prosseguir com medidas criminais contra Carol Conway, presidente da Abranet. O conflito inicial, motivado por uma campanha da Abranet considerada por alguns como enganosa, acabou sendo resolvido sem maiores consequências judiciais, após interpretação dos órgãos responsáveis de que não havia justa causa nos argumentos apresentados pela Febraban.
O Compromisso das Partes Envolvidas
Ademais, um acordo significativo foi estabelecido entre as empresas de maquininhas e bancos emissores, visando cessar todos os embates judiciais e administrativos. Esse acordo inclui procedimentos relativos a disputas envolvendo dirigentes de ambas as instituições junto ao Banco Central e Senacon. Esse passo é visto como um avanço importante para a estabilidade e previsibilidade do mercado.
Dessa forma, percebe-se que, apesar das turbulências iniciais, o diálogo e a diplomacia prevaleceram, permitindo um ambiente mais cooperativo e menos litigioso entre os grandes players do setor bancário e as fintechs. A resolução desses conflitos evidencia a importância de estratégias judiciais e administrativas equilibradas, que não só resolvem os dissensores como também abrem caminho para futuras colaborações em prol dos consumidores brasileiros.
Perguntas Frequentes sobre o Parcelamento Sem Juros e a Lei do Desenrola
- O que muda para o consumidor com a nova lei? – A lei limita os juros do crédito, mas mantém o benefício do parcelamento sem juros, favorecendo compras mais grandes sem custo adicional.
- Como as empresas de maquininhas reagiram à nova lei? – Essas empresas, junto com bancos e outros agentes financeiros, têm trabalhado conjuntamente para ajustar suas práticas e dialogar sobre os melhores caminhos a seguir sob a nova regulamentação.
Com essas adaptações e acordos, o cenário financeiro para parcelamentos se mantém favorável aos consumidores, enquanto assegura um jogo mais justo e regulado entre as instituições financeiras. A expectativa é que essa estabilidade continue a fomentar a confiança e a inovação no setor.