Uma mudança significativa no panorama da legalização dos jogos de azar no Brasil foi marcada pela recente aprovação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A proposta, que visa revogar uma proibição que perdura desde 1946, abre portas para a regulamentação dessa atividade econômica no país.
O debate sobre a legalização dos jogos de azar, incluindo bingos, cassinos e o jogo do bicho, tem sido intenso. A sessão que definiu o futuro imediato deste projeto de lei foi acompanhada de perto por políticos e interessados ao redor do país, refletindo a divisão de opiniões e a tensão que a questão provoca.
O que muda com a aprovação da legalização dos jogos de azar?

O texto base, aprovado pela Câmara dos Deputados em 2022, foi mantido integralmente pela CCJ do Senado, sinalizando uma possível aceleração no processo de legalização. Com 14 votos a favor e 12 contrários, a proposta segue agora para o plenário do Senado, onde será definitivamente decidida.
Quais são as principais regras estabelecidas para os jogos de azar?
Regulamentação e controle são palavras-chave dentro do contexto da proposta. Com a legalização, o Estado brasileiro passa a ter ferramentas para regular uma indústra que, até então, operava em um cenário de semi-ilegalidade e, muitas vezes, associada ao crime organizado. Entre as regras estabelecidas estão:
- Operação exclusiva por empresas com sede no Brasil e locais autorizados;
- Tributação específica sobre prêmios e receitas das casas de apostas;
- Proibição de jogar para menores de 18 anos e pessoas com impedimentos judiciais;
- Criação de uma política de proteção aos jogadores, incluindo a proibição de empréstimos para apostas;
Impactos esperados da legalização dos jogos de azar
A legalização dos jogos de azar no Brasil é vista por muitos como uma oportunidade para aumentar a arrecadação de impostos e incentivar o turismo. O senador Irajá Abreu, relator do projeto, enfatiza que além de aumentar a receita pública, a regulamentação ajudará a controlar um problema sério de saúde pública, que é o vício em jogos.
Para o futuro, caso a proposta seja sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, espera-se criar um ambiente seguro e regulado, onde os riscos associados aos jogos de azar possam ser administrados de forma eficaz. A fiscalização rigorosa e a transparência nas operações também são vistas como fundamentais para garantir a integridade da indústria e proteger os consumidores.
Em suma, a legalização dos jogos de azar representa um potencial para transformação econômica, mas também requer um acompanhamento cuidadoso para assegurar que os benefícios não venham acompanhados de consequências indesejáveis.