Na data de 10 de novembro de 2024, uma nova fase de mobilizações toma forma no Brasil com o início da greve nacional dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Esse movimento inclui tanto as atividades presenciais quanto as realizadas em home office, afetando diretamente a operacionalidade dos serviços considerados essenciais, como análise e concessão de benefícios e o pente-fino em auxílios.
Segundo o SINSSP-BR, sindicato que representa a classe, cerca de 50% dos empregados em regime de teletrabalho aderiram à greve. Por outro lado, o INSS assegura que as agências permanecem abertas e que serviços digitais como o aplicativo Meu INSS e o atendimento via Central Telefônica 135 não foram comprometidos. Ainda assim, os usuários dos serviços do instituto podem sentir os impactos dessa mobilização nos próximos dias.
Por que os Servidores do INSS Decidiram Entrar em Greve?
A greve dos servidores do INSS não surgiu de maneira abrupta. Precedida por uma “operação apagão” — que reduziu em 20% a produção haja vista o não cumprimento de horas extras e metas de produtividade —, a paralisação é um forte indicativo do descontentamento público com as condições atuais. Entre as principais reivindicações estão o pedido de aumento salarial de 33% até 2026, valorização da carreira de técnico do seguro social e mudanças na estrutura de gratificações.
Impactos Previstos com a Greve dos Servidores do INSS
Os efeitos da greve podem ser significativos, especialmente na lentidão do processamento de novas solicitações e na revisão de benefícios já concedidos. Um ponto de especial preocupação é como essa paralisação pode afetar a fila de espera, que já é um problema crônico no atendimento do INSS. Com um número menor de técnicos trabalhando, tanto nas agências quanto remotamente, estima-se que o atraso nas resoluções se intensifique nos próximos meses.
Demandas Mais Profundas dos Trabalhadores do INSS
Além do aumento salarial, os trabalhadores pleiteiam que a posição de técnico do seguro social seja elevada a uma carreira de Estado, essencial para a máquina pública. Eles também defendem a exigência de nível superior para o ingresso na carreira, devido à complexidade crescente dos procedimentos e análises ligadas ao INSS. Outra grande questão é a crescente integração de ferramentas de inteligência artificial, o que gera preocupações sobre a qualidade e a precisão nas análises dos benefícios.
A forte mobilização reflete a exigência por uma reestruturação que reconheça a importância e a complexidade do trabalho desenvolvido pelos servidores do INSS. As negociações com o governo até agora não indicam um avanço significativo, o que apenas fortalece a disposição de greve entre os servidores. Enquanto isso, a população que depende dos serviços do INSS permanece na expectativa por resoluções que atendam tanto as necessidades dos trabalhadores quanto as dos cidadãos brasileiros dependentes desses serviços.
