O governo federal está revisando o teto de juros para os empréstimos consignados do INSS. Essa mudança surge em resposta à alta da Selic, a taxa básica de juros, que subiu de 10,50% para 11,25% nos últimos meses. A expectativa é que a Selic atinja 13% em 2025, o que afeta diretamente a rentabilidade desse tipo de crédito.
O que está motivando o aumento dos juros no consignado?
Os juros do consignado são definidos pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), que realizou a última revisão em maio de 2024. Porém, a nova realidade econômica exige uma reavaliação. Entre os fatores principais estão:
- Rentabilidade bancária: Muitos bancos privados reduziram ou suspenderam a oferta de crédito consignado, considerando-o pouco lucrativo.
- Banco do Brasil: Apesar da crise, a instituição mantém o serviço e busca expandi-lo, mas alerta para a necessidade de ajustes futuros.
Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil, destaca que o banco ainda não enfrenta dificuldades com a rentabilidade do consignado. Contudo, ela observa que, sem mudanças, outras instituições financeiras podem abandonar a modalidade.
Quando o novo teto será discutido?
O Conselho Nacional de Previdência Social discutirá o tema em sua reunião de 28 de novembro. A revisão do teto de juros busca equilibrar a oferta de crédito pelos bancos com a acessibilidade para os beneficiários, garantindo que o consignado permaneça viável.
Mudanças na folha de pagamento do INSS
Além dos juros, o leilão da folha de pagamento do INSS realizado em outubro trouxe mudanças significativas. A Crefisa e o Banco Mercantil foram os grandes vencedores do processo, conquistando direitos exclusivos para oferecer empréstimos consignados e administrar os benefícios previdenciários.
- Crefisa: Arrematou 25 dos 26 lotes disponíveis.
- Banco Mercantil: Ficou com o lote 3.
Esse processo, ainda em fase de publicação oficial, redefine as ofertas financeiras para aposentados e pensionistas, ao mesmo tempo em que gera competitividade entre os bancos.
Como o leilão impacta os beneficiários do INSS?
O leilão da folha de pagamento permite que bancos adquiram exclusividade na gestão dos depósitos de benefícios previdenciários. Isso significa que as instituições vencedoras têm prioridade na oferta de produtos financeiros, como o crédito consignado, ampliando suas operações.
Conclusão
A revisão do teto de juros e o leilão da folha de pagamento marcam um momento de transformações no crédito consignado. Enquanto o governo trabalha para equilibrar os interesses dos bancos e dos beneficiários, aposentados e pensionistas devem ficar atentos às mudanças e seus impactos na contratação de novos empréstimos.
