Peritos médicos federais do INSS deram início a uma nova greve de 24 horas na quarta-feira (24). Esta é a segunda de três manifestações que os servidores planejam realizar neste mês, todas com intervalo de uma semana entre elas. As reivindicações incluem um reajuste salarial de 23%, a abertura de concurso para contratação de 1,5 mil novos peritos e o cumprimento do acordo de greve de 2022.
Apesar de estarem lutando pelos seus direitos, a greve afeta diretamente beneficiários do INSS que aguardam na fila de espera. Estes, terão que esperar mais para terem seus benefícios concedidos. Assim, a esperança de que a fila andaria mais rápido esse ano, acaba de ser adiada por mais uma vez.
Servidores do INSS reclamam da defasagem salarial
Apesar do aumento salarial de 9% concedido pelo governo Lula (PT) no ano passado, os manifestantes alegam que a defasagem salarial na categoria chega a 27%. Na presente semana, o secretário do RGPS, Adroaldo da Cunha, declarou que o movimento contou com a adesão de 20% dos peritos. No entanto, as entidades dos servidores afirmam que a paralisação teve uma participação de 70% dos membros da carreira.
Para os servidores federais, o governo planeja aumentar, a partir de maio, o auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil; a contrapartida dos planos de saúde de R$ 144 para R$ 215; e o auxílio-creche de R$ 321 para R$ 484,90. Essa proposta representa um reajuste de 51,06% nos auxílios. Porém, a oferta apresenta uma lacuna, deixando de contemplar os aposentados.
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Em resposta, os peritos se uniram a diversas outras paralisações em todo o país na quarta-feira, marcada como o Dia dos Aposentados, buscando valorização profissional para o funcionalismo.
Mas, na contraproposta que foi para o governo federal, os sindicalistas consideram dois blocos de percentuais de reajuste (29,49% e 18,30%) a serem distribuídos ao longo de três anos (2024, 2025 e 2026).
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Diálogo com peritos
Em outubro de 2023, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, anunciou a intenção de iniciar conversações com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI). A ideia é garantir a execução do acordo proveniente da greve que ocorreu no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em 2022. A declaração ocorreu durante uma reunião com líderes do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social no Estado do Rio de Janeiro (Sindsprev).
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Como a greve no INSS pode prejudicar idosos?
Embora seja uma questão que deve ser resolvida pelo governo, os idosos que dependem do INSS são prejudicados automaticamente. Isso ocorre porque, sem profissionais qualificados para realizar atendimentos nas agências, os segurados não conseguem passar pela perícia médica que ocorre no local para concessão do benefício previdenciário.
- O cancelamento da perícia atrasa a concessão do benefício por incapacidade;
- Será necessário aguardar uma nova disponibilidade na agenda para realizar o exame novamente;
- O Instituto entrará em contato diretamente com os segurados que tinham perícia agendada, mas foram prejudicados pela greve.
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O presidente do INSS reiterou a preocupação quanto à persistência das paralisações. Ele destaca que a autarquia está implementando medidas para garantir que a população não sofra impactos negativos. Bem como, assegurando o acesso aos benefícios mesmo durante o período de greve.
“O problema da fila não é ter um milhão, dois milhões ou três milhões esperando, mas que a gente possa atender as pessoas rápido. O nosso desafio, ainda que tenha dois milhões de pessoas esperando, é que elas não esperem mais do que 30 dias. […] Não faz sentido, como acontecia antes da posse de Lula, esperarem seis, sete ou oito meses por um benefício”, completou dizendo que pretende alcançar essa meta até o final do ano.
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