Na atual conjuntura, os servidores públicos do INSS enfrentam um momento crítico em suas reivindicações. Apesar do Instituto Nacional do Seguro Social anunciar que a greve estaria encerrada, ainda há resistência significativa entre parte dos técnicos. Essa situação ocorre porque nem todos os sindicatos concordaram com o acordo proposto.
O Instituto revelou que dois acordos já foram firmados, mas um dos sindicatos de peso, a Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), ainda não assinou o documento. Isso deixa uma parte dos servidores hesitante a retornar ao trabalho, pois a Fenasps representa uma parcela importante da força de trabalho do INSS.
O Que Impede o Fim da Greve do INSS?
A questão central é a divergência de interesses entre os sindicatos e uma insatisfação com as propostas feitas até agora. Segundo Ismênio Bezerra, diretor de Governança, Planejamento e Inovação do INSS, um dos principais desafios é incluir todas as partes interessadas nas discussões sobre futuras mudanças na carreira dos servidores.
Bezerra explicou que apenas os sindicatos que assinaram o acordo, a CNTSS e a Condsef, têm direito de participar das negociações sobre a carreira. “Ficam de fora da negociação aqueles que não assinaram o acordo de greve”, afirma Bezerra, destacando que é esse o embate que o INSS enfrenta agora.
Quais São os Próximos Passos para Solucionar o Impasse?
Passando da fase de greve, o INSS e algumas entidades sindicais acordaram criar uma mesa de debates para discutir o futuro da carreira dos servidores. Essa iniciativa deve considerar diversos fatores, como:
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- Condições de trabalho adequadas;
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- Planos de carreira mais justos;
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- Reajustes salariais;
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- Segurança e estabilidade no emprego.
A primeira rodada de reuniões ocorreu em 1º de março de 2024, mas sem a presença da Fenasps. Essa ausência acentua a necessidade de um diálogo mais inclusivo para que todos os envolvidos possam chegar a um consenso satisfatório.
Por que a Fenasps Ainda Resiste?
A resistência da Fenasps em assinar o acordo de mobilização reflete preocupações não atendidas. A assessoria jurídica da federação afirmou que está tomando providências legais cabíveis, sugerindo que a questão pode ser levada aos tribunais se necessário. Essa resistência destaca a importância de incluir todas as vozes na busca por soluções sustentáveis.
Além das questões salariais, a Fenasps parece estar buscando garantias adicionais quanto à estabilidade no emprego e melhorias nas condições de trabalho para seus membros. Essa abordagem mostra a complexidade do cenário em que o INSS e os sindicatos se encontram.
Considerações Finais
Enquanto as negociações prosseguem, os servidores do INSS permanecem em uma situação de incerteza. A mobilização, que parecia estar no seu fim, revela-se mais complexa do que o esperado. A resistência da Fenasps sublinha a necessidade de inclusão e diálogo contínuo entre todas as partes.
O governo, por sua vez, precisa encontrar maneiras de integrar todas as entidades sindicais nas discussões, respeitando suas demandas e construindo um plano de carreira que atenda às expectativas de todos. Essa abordagem requer paciência, comunicação e, acima de tudo, compromisso para garantir que a operação do INSS continue sem maiores interrupções.

