Recentemente, um estudo de grande amplitude realizado pela Universidade College London trouxe à luz resultados significativos sobre o impacto do tabagismo na saúde cognitiva de indivíduos ao envelhecer. Abrangendo uma amostra substancial de mais de 32 mil participantes de 14 países europeus, a pesquisa monitorou adultos entre 50 e 104 anos ao longo de até 15 anos. Tais achados são cruciais, especialmente pensando na saúde pública e nas medidas preventivas contra declínios cognitivos.
Os cientistas, ao diferenciarem 16 perfis de estilo de vida, isolaram impactos específicos do fumo, consumo de álcool, atividade física e interações sociais sobre o funcionamento mental ao decorrer dos anos. Observou-se que, independentemente de outros hábitos, aqueles que não fumam mostraram uma progressão muito mais lenta do declínio cognitivo em relação aos fumantes. Tal constatação sublinha o quão determinante é evitar o cigarro para quem busca preservar sua capacidade cerebral no longo prazo.

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Como o Estudo Foi Conduzido?
A análise provém de um meticuloso exame de dados derivados de dois estudos extensive sobre o envelhecimento: o Estudo Longitudinal Inglês sobre Envelhecimento (ELSA) e o Inquérito sobre Saúde, Envelhecimento e Aposentadoria na Europa (SHARE). Desta forma, foi possível criar perfis de estilo de vida detalhados, variando entre não fumantes ativos socialmente a fumantes com baixo nível de atividades físicas. Os participantes foram submetidos a testes de memória e fluência verbal para monitorar mudanças em suas habilidades cognitivas ao longo dos anos.
Qual o Grande Impacto do Não Fumar na Saúde Cerebral?
Com as pontuações de memória e fluência verbal diminuindo de maneira consideravelmente mais acentuada entre fumantes, os resultados confirmam que abolir o hábito de fumar pode ser a atitude mais eficaz na luta contra o declínio cognitivo relacionado à idade. Embora os efeitos de outros comportamentos também sejam relevantes, a pesquisa enfatiza que o tabagismo está diretamente relacionado a um ritmo mais acelerado de deterioração mental.
Que Outros Fatores Influenciam a Saúde Cognitiva?
Apesar do destaque ao tabagismo, o estudo também observa que comportamentos saudáveis como consumo moderado de álcohol, atividades físicas regulares e participação social não devem ser negligenciados. Eles trazem benefícios gerais à saúde e podem ajudar, até certo ponto, a atenuar os efeitos adversos do fumo sobre o cérebro. Portanto, ainda que parar de fumar seja essencial, manter um estilo de vida equilibrado é também fundamental.
Este estudo lança uma luz importante sobre como escolhas de estilo de vida afetam diretamente a saúde cognitiva durante o envelhecimento. Os insights fornecidos são valiosos tanto para indivíduos quanto para o desenvolvimento de políticas públicas de saúde. A prevenção continua sendo um pilar essencial para garantir uma qualidade de vida melhor e mais longa.