No centro de uma controvérsia financeira, a Americanas S.A. enfrenta acusações de fraude contábil que envolvem altas cifras e instituições bancárias renomadas. Um relatório explosivo da Polícia Federal, resultado da Operação Disclosure, revela como supostos artifícios fraudulentos foram empregados para maquiar as contas da gigante do varejo.
Essa operação foi desencadeada com objetivo de investigar e esclarecer as práticas irregulares que supostamente ocorreram por anos. A análise detida de documentos e colaborações premiadas são peças-chave nesse intrincado quebra-cabeça corporativo, destacando a participação de cinco grandes bancos brasileiros.

Imagem Globo News – Lojas Americanas
Quais Bancos Estão Envolvidos na Fraude da Americanas?
Os documentos da Polícia Federal mencionam especificamente cinco bancos: Banco do Brasil, BTG Pactual, Daycoval, Itaú e Santander. Cada um desses, de acordo com o relatório, participou de maneiras distintas, fornecendo “soluções financeiras” que mais tarde foram identificadas como parte dos métodos de manipulação contábil utilizados pelos executivos da Americanas.
Como Funcionaram os Artifícios Contábeis?
Entre os métodos identificados, dois são bastante emblemáticos. O primeiro, apelidado de “cartão de crédito” envolvia o Banco do Brasil, que pagava aos fornecedores da Americanas valores integrais das notas fiscais. Essas quantias, depois de cerca de um mês, eram reembolsadas à instituição financeira, com adicionais taxas de juros.
O segundo método, conhecido como “antecipação de VPC”, envolveu os bancos BTG Pactual e Daycoval. Neste esquema, verbas promocionais que deveriam ser concedidas por fornecedores para publicidade eram antecipadas pelos bancos sem que houvesse uma transação real subjacente, criando créditos fictícios no balanço da varejista.
Qual a Resposta dos Bancos?
- Banco do Brasil: declarou que não comenta casos específicos sob investigação e garantiu que suas operações seguem rigidamente as normas de governança e legislação vigentes.
- Bank Daycoval: afirmou manter uma conduta ética e transparente em todas as suas operações e destacou que não teve acesso ao inquérito ainda.
- BTG Pactual: negou ter oferecido soluções ou operações crédito desalinhadas com a legislação e ressaltou que todos os movimentos financeiros foram devidamente registrados.
- Itaú Unibanco e Santander: ambos negaram participação nas fraudes e insistiram que forneciam aos reguladores e auditores informações completas e corretas sobre suas operações com a Americanas.
Este caso não apenas coloca em xeque a integridade das operações de grandes instituições, mas também desafia o sistema de monitoramento e auditoria interno das corporações brasileiras. À medida que a investigação avança, espera-se uma maior clareza sobre o alcance destas práticas e suas implicações no mercado financeiro e no cenário econômico do país.