Em uma decisão amplamente celebrada por ativistas e familiares de vítimas, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a recondução de Eugênia Gonzaga à presidência da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP).
A notícia veio após o recente despacho publicado no Diário Oficial da União, que também marca a reativação do órgão.
A CEMDP, que tinha suas atividades cessadas no último dia da gestão de Jair Bolsonaro, é essencial para a continuidade da busca por justiça e verdade sobre os horrores ocorridos durante o regime militar brasileiro.
Com o restabelecimento da comissão, abre-se um novo capítulo na luta pela memória nacional.
Quem integra a nova formação da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos?

A recém renomeada presidente, Eugênia Gonzaga, já ocupou o cargo anteriormente e é conhecida por sua firmeza e dedicação à causa dos direitos humanos. Junto a ela, quatro novos membros foram designados para compor o grupo:
- Natália Bonavides, deputada federal e membro da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados;
- Maria Cecília de Oliveira Adão, representante da sociedade civil;
- Rafaelo Abritta, representante do Ministério da Defesa;
- Vera da Silva Facciolla Paiva, Diva Soares Santana e Ivan Cláudio Garcia Marx, que já estavam na comissão e são notáveis por sua oposição ao encerramento das atividades em 2022.
Qual a importância histórica da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos?
Criada em 1995 durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, a CEMDP foi estabelecida para investigar e reconhecer as vítimas do regime militar.
Suas responsabilidades incluem não apenas a identificação dos desaparecidos, mas também a indenização dos familiares e a correção de documentos oficiais, como atestados de óbito.
A CEMDP teve uma atuação notável ao seguir as recomendações da Comissão Nacional da Verdade e trabalhou intensamente na identificação de ossadas na Vala de Perus, em São Paulo.
Seus esforços têm contribuído para colocar luz sobre um dos períodos mais obscuros da história brasileira.
Expectativas para o futuro da CEMDP
Portanto, com a nova composição, esperam-se avanços significativos nos trabalhos da comissão.
A Coalizão Brasil por Memória, Verdade, Justiça, Reparação expressou otimismo com a reativação do órgão. Mas enfatizou a necessidade de garantir recursos e suporte para que a CEMDP possa operar efetivamente.
A retomada das atividades da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos simboliza um passo crucial na busca por justiça e verdade.
Por fim, com a experiente liderança de Eugênia Gonzaga e um time dedicado, a comissão está pronta para enfrentar os desafios que virão e continuar seu importante trabalho de resgate da memória histórica do Brasil.