Em meio às especulações sobre as próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos, Kamala Harris, a atual vice-presidente, emerge como uma figura central nas discussões dentro do Partido Democrata. Apesar de enfrentar desafios relacionados à sua popularidade, Harris possui um perfil único que pode ser decisivo para o futuro político do partido.
Dados recentes revelam que 30% dos democratas consideram Kamala Harris como uma potencial substituta para Joe Biden, caso ele decida não concorrer novamente. A vice-presidente, a primeira mulher a ocupar tal posição nos EUA, tem lidado com um apoio variável dentro do partido, frequentemente medido por pesquisas de opinião que a colocam em situação de vulnerabilidade.
Vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, fez seu primeiro discurso nas Nações Unidas em 16 de março de 2021 — Foto: Jonathan Ernst/Reuters
Quem é Kamala Harris?
Kamala Harris tem uma trajetória marcante: aos 59 anos, formou-se em Direito e Ciências Políticas, foi procuradora em São Francisco e serviu como senadora pela Califórnia. Sua candidatura à vice-presidência em 2020 foi estratégica, visando atrair o eleitorado de minorias, graças ao seu background diversificado, sendo filha de mãe indiana e pai jamaicano.
Qual o desempenho de Kamala Harris como vice-presidente?
Desde sua eleição como vice-presidente, Kamala enfrentou o desafio de consolidar sua posição e demonstrar liderança. Encarregada de temas sensíveis como a imigração na fronteira com o México, sua gestão não foi isenta de críticas, destacando-se um episódio particular em que sua abordagem foi vista como ineficaz durante uma visita oficial à Guatemala.
Quais são os potenciais candidatos à substituição de Biden?
O cenário político para a escolha de um possível substituto de Biden é complexo, com vários nomes sendo considerados. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, e a governadora de Michigan, Gretchen Whitmer, são vistos como alternativas viáveis devido à sua maior popularidade em comparação com Harris. Todavia, a posição estabelecida de Kamala como vice-presidente poderia ser uma vantagem significativa, dada a infraestrutura de campanha já existente que ela poderia aproveitar.
- Morning Consult: 30% dos democratas apoiam Kamala.
- Gavin Newsom: Segunda opção com 20% de apoio.
- População Democrata: Cautelosa quanto ao apoio a Kamala devido à baixa popularidade.
Publicações como “The Washington Post” e “The New York Times” ressaltam que a crise na campanha de Biden tem colocado Kamala Harris em uma posição de tentar unificar e acalmar seu partido, reanimando sua base eleitoral essencial, especialmente os eleitores negros, em preparação para as próximas eleições. Sua habilidade de se manter como uma figura relevante para os democratas será crucial nos próximos meses de campanha.
Conclusão das Opiniões
Segundo análises de veículos como “The Economist,” a vice-presidente enfrenta um sentimento misto entre a população e líderes partidários, onde, apesar de ser uma escolha lógica, não consegue inspirar a confiança necessária para liderar o partido na próxima eleição presidencial. Portanto, a trajetória de Kamala até as eleições de 2024 será um dos pontos-chave para observar na política americana nos próximos anos.
