ENTENDA A REGRA que TIROU o BRONZE de RAFAELA SILVA no JUDÔ das OLIMPÍADAS de PARIS! VEJA DETALHES

Uma mudança nas regras do judô, implementada em 2022, resultou na desclassificação da brasileira Rafaela Silva durante a disputa pelo bronze na categoria até 57 kg nas Olimpíadas de Paris. A regra, que proíbe o mergulho de cabeça no tatame, causou controvérsias desde sua implementação, e atletas como a própria Rafaela criticaram as novas diretrizes.

Desde janeiro de 2022, a Federação Internacional de Judô estabeleceu novas regras visando aumentar a segurança no esporte. Uma das principais mudanças foi a proibição do mergulho de cabeça no tatame, considerado perigoso pela entidade. Esta regra já causou problemas para vários atletas, incluindo Rafaela Silva, que em uma ação defensiva tocou o tatame com a cabeça, resultando na sua desclassificação após revisão da arbitragem de vídeo.

Nova Regra do Judô

A proibição do mergulho de cabeça no judô foi amplamente criticada por atletas e treinadores. Rafaela Silva, medalhista de ouro nas Olimpíadas do Rio em 2016, classificou as alterações como “ridículas”. E ela não está sozinha nas críticas. A nova regra, Artigo 18.2.1 Hansoku-make para Técnicas Perigosas, estipula penalidades severas para qualquer movimento que envolva o uso da cabeça de forma considerada perigosa.

Quais Outras Mudanças Foram Feitas?

Além da proibição do mergulho de cabeça no tatame, outras mudanças significativas foram implementadas. O golpe seoi nage invertido, que antes resultava em pontuação, agora implica em punição. Além disso, os atletas podem ser penalizados com um shido caso ajeitem seu kimono ou cabelo mais de uma vez durante a luta.

A Federação Internacional de Judô se defendeu das críticas, afirmando que as mudanças nas regras foram baseadas em recomendações das confederações nacionais. Vladmir Barta, diretor de esportes da entidade, destacou que as novas diretrizes visam modernizar o judô enquanto aumentam a segurança dos atletas.

Como Rafaela Silva Reagiu?

Ao ser desclassificada na disputa pelo bronze, Rafaela Silva ficou visivelmente emocionada e incrédula com a decisão da arbitragem. Em entrevista após a luta, Rafaela expressou sua decepção e frustração por não conseguir a medalha por que tanto trabalhou.

• “Muito difícil. Eu queria a medalha. Eu trabalhei muito por essa medalha,” disse Rafaela.

• “Eu peço desculpa. Hoje eu não consegui, não consegui,” afirmou a judoca, sem conter as lágrimas.

Ela mencionou que as regras mudadas impactaram diretamente sua performance, e que as novas diretrizes dificultaram a execução de movimentos estratégicos que eram comuns antes das mudanças.

Impacto da Nova Regra no Judô Mundial

Essa nova regra teve um impacto significativo no cenário do judô mundial. Não apenas Rafaela Silva foi afetada; um atleta da Mongólia também foi desclassificado na mesma competição por causa da nova diretriz. Isso levanta questões sobre a eficácia e a necessidade dessas mudanças rigidas nas regras.

1. Muitos atletas e treinadores sugerem que as novas regras limitam as técnicas que podem ser usadas, prejudicando o dinamismo do esporte.
2. Críticos argumentam que essas mudanças tornam o judô menos emocionante e mais difícil de praticar efetivamente.

Apesar dos debates, a Federação Internacional de Judô mantém a posição de que as regras são essenciais para garantir a segurança dos atletas e a integridade do esporte. As diretrizes atuais estarão em vigor até 2024, quando novas revisões poderão ser feitas.

Confira abaixo o texto da regra que causou a desclassificação de Rafaela Silva:

Artigo 18.2.1 Hansoku-make para Técnicas Perigosas:
Técnicas usando mergulho de cabeça são perigosas e serão penalizadas com hansoku-make.

• “Mergulhar” de cabeça no tatame, inclinando-se para a frente e para baixo enquanto executar ou tentar executar técnicas como uchi-mata, harai-goshi, kata-guruma, etc. É proibido dar cambalhota para frente quando uke está sobre os ombros ou nas costas de tori.

• Defesa da cabeça, para garantir que o judô tenha o mínimo de traumas possível, se uke tenta voluntariamente usar a cabeça em qualquer movimento que seja perigoso para sua cabeça, pescoço ou coluna…

Essas mudanças no judô certamente estão moldando o futuro do esporte, e será interessante ver como atletas e treinadores adaptam suas estratégias no tatame.