O Brasil, reconhecido por sua vasta biodiversidade e extensas florestas, enfrentou uma ligeira queda na taxa de desmatamento nos últimos anos, segundo o relatório do RAD de 2023. A redução foi de 11,6% comparado ao ano anterior, totalizando 2.069.695 hectares de áreas desmatadas. Este dado pode representar um alívio temporário, mas os desafios de conservação do meio ambiente permanecem significativos.
Os biomas Amazônia e Cerrado, que cobrem vastas áreas do território brasileiro, figuram no centro dessa crise ambiental. Tradicionalmente, a Amazônia tem sido o foco das atenções quando se fala em desmatamento. Contudo, em uma reviravolta preocupante, o Cerrado superou a Amazônia em hectares desmatados pela primeira vez em 2023, com impressionantes 61% do total nacional.
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O que significa o aumento do desmatamento no Cerrado?
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Historicamente conhecido como “berço das águas”, o Cerrado desempenha um papel crucial na manutenção de importantes bacias hidrográficas que fornecem água para as maiores regiões do país, incluindo áreas altamente agrícolas. Em 2023, o relatório aponta que a expansão agropecuária destruiu 1.110.326 hectares deste bioma, um aumento assombroso de 68% em relação a 2022. A expansão agropecuária é responsável por 97% do total do desmatamento nacional.
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Áreas desmatadas
A situação é grave nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Esta região, conhecida como Matopiba, concentra o novo foco do desmatamento no país. À medida que a fronteira agrícola avança, terras antes ocupadas por savanas e campos naturais estão sendo convertidas em áreas de cultivo e pastagem. Isso altera drasticamente o panorama ecológico e socioeconômico da região.
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Impactos do desmatamento nas comunidades tradicionais e áreas protegidas
- Territórios indígenas: No Cerrado, o aumento do desmatamento atingiu 188% em terras indígenas, destacando-se o território Porquinhos dos Canela-Apãnjekra, com 2.750 hectares desmatados.
- Territórios Quilombolas: As comunidades quilombolas também sofreram um duro golpe, com um aumento de 665% no desmate de suas terras.
- Unidades de Conservação: Na APA do Rio Preto, localizada também no Cerrado, constatou-se o desmatamento de 13.596 hectares, o maior registrado em unidades de conservação do bioma em 2023.
Embora a Amazônia tenha visto uma redução de 62,2% no desmatamento em 2023, essa queda não elimina a necessidade contínua de vigilância e esforços de conservação mais eficazes. A variação em respostas estaduais e municipais realça a complexidade da gestão ambiental na região e a importância de uma abordagem integrada que envolva tanto a legislação quanto a atuação comunitária.
Nosso futuro ambiental depende da capacidade de equilibrar as necessidades econômicas com a preservação dos nossos recursos naturais. O aumento do desmatamento no Cerrado é um chamado urgente para repensar as estratégias de desenvolvimento e conservação nessas áreas tão vitais para a sustentabilidade ambiental do Brasil.
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