O debate acerca da dívida de Minas Gerais com a União se intensifica. Recentemente, o Ministro Edson Fachin do Supremo Tribunal Federal (STF) solicitou manifestações do Estado e do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, sobre o tema. A movimentação se dá num contexto onde estratégias econômicas vitais estão em jogo, valor aproximado da dívida alcança a marca impressionante de R$ 160 bilhões.
O Governo de Minas Gerais, liderado por Romeu Zema, e o Congresso Nacional, através do seu presidente Rodrigo Pacheco, têm agora a responsabilidade de apresentar suas proposições até o próximo 20 de julho. Isso segue a nova solicitação feita pela Advocacia-Geral da União (AGU) que pretende que o estado retome os pagamentos previamente acordados.
Qual é o contexto da solicitação da AGU?

A Advocacia-Geral da União defende que Minas Gerais não deve apenas buscar prorrogações, mas sim, honrar os compromissos assumidos anteriormente. Segundo a AGU, a retomada de pagamentos fortaleceria a confiança nas medidas de recuperação fiscal predeterminadas. No entanto, o Governo Mineiro solicita novos prazos, especialmente até que o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados seja regulamentado ou até decisão final do STF, prevista para o final de agosto.
O que é o Propag e como ele influencia essa situação?
Citado pelo ministro Fachin em seu despacho, o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) surge como uma ferramenta promissora para resolver impasses fiscais estaduais. No entanto, o Propag ainda tem um caminho a percorrer nas instâncias legais: precisa de aprovação do Senado e da Câmara dos Deputados, além de sanção presidencial. O governador Zema deposita esperanças nesse programa, sugerindo que seja uma solução viável até que seu caráter regulatório seja estabelecido.
Quais são as possíveis consequências da decisão sobre a dívida mineira?
A decisão do STF sobre a prorrogação de pagamento da dívida de Minas Gerais com a União pode definir precedentes importantes para a gestão de dívidas estaduais no Brasil. Uma resposta favorável ao estado pode aliviar temporariamente suas obrigações financeiras, mas também levanta questionamentos sobre a sustentabilidade de tais adiamentos. Por outro lado, a rejeição do pedido de prorrogação pode exigir um ajuste significativo nas contas públicas do estado, pressionando ainda mais a gestão local.
Enquanto aguardamos a resolução desse impasse, as discussões entre os poderes Executivo e Judiciário ressaltam a complexidade das relações financeiras intergovernamentais. Os próximos movimentos de Minas Gerais, da AGU e do Congresso Nacional são cruciais e serão acompanhados de perto por todos os envolvidos na política fiscal do Brasil.

