Recentemente, foram divulgados os resultados do Pisa 2022, uma avaliação global que mede a competência de estudantes ao redor do mundo. Tradicionalmente conhecido por avaliar matemática, ciências e leitura, neste ano, a prova incluiu também um novo componente: a criatividade. Como será que o Brasil se saiu neste novo desafio?
O Pisa, que teve seu cronograma ajustado devido à pandemia, introduziu questões que avaliam a habilidade dos estudantes de pensar de forma original e propor soluções inovadoras para problemas. Esta adição busca adaptar a avaliação às necessidades do século XXI, onde a criatividade é tão valorizada quanto o conhecimento técnico.
O que é o Pisa e como ele mede a criatividade?

O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) é uma iniciativa da OCDE que busca avaliar sistemas educacionais globais através do desempenho de estudantes de 15 anos em áreas-chave de conhecimento. Em 2022, a avaliação focou não apenas em áreas tradicionais, mas também na criatividade, pedindo aos alunos que elaborassem soluções originais e artísticas para problemas propostos.
Como o Brasil se posicionou no ranking de criatividade?
Infelizmente, o Brasil não obteve um desempenho notável na parte de criatividade do Pisa 2022. Com uma pontuação de 23 em uma escala até 60, o país ficou na 44ª posição entre 56 nações avaliadas. A discrepância entre estudantes de diferentes níveis socioeconômicos também foi evidente, mostrando a influência do ambiente e do acesso a recursos na capacidade de pensamento criativo dos alunos.
Quais são as implicações para o futuro da educação no Brasil?
A posição do Brasil no ranking de criatividade do Pisa 2022 acende um sinal de alerta para a educação no país. A necessidade de fomentar habilidades de pensamento criativo desde cedo torna-se evidente. Programas que integram artes, ciências e tecnologia, além de atividades extracurriculares como teatro e escrita criativa, podem ser chave para melhorar o desempenho dos alunos brasileiros.
Além disso, a valorização da criatividade por parte dos professores e das próprias instituições de ensino é essencial. Segundo dados do Pisa, estudantes que se sentem apoiados em suas habilidades criativas tendem a apresentar melhores resultados.
O que podemos aprender com países de alto desempenho?
Países como Singapura e Finlândia, que lideram o ranking de criatividade, oferecem valiosos insights sobre como integrar eficazmente o estímulo ao pensamento criativo na sala de aula. Estes países frequentemente investem em formação de professores voltada para a inovação pedagógica e em currículos que promovem a criatividade através de projetos multidisciplinares.
Adotar abordagens semelhantes pode ser um caminho promissor para o Brasil. Priorizar o desenvolvimento de habilidades criativas pode não apenas melhorar nossa posição em futuras avaliações do Pisa, mas também preparar melhor nossos jovens para os desafios do futuro, onde a criatividade será, sem dúvida, uma moeda de grande valor.