O Brasil enfrenta um grave problema de violência sexual contra meninas, mais evidente na faixa etária de 10 a 14 anos. A informação surge do último Atlas da Violência, publicado com dados atualizados de 2022, revelando que quase metade dos casos de agressão a meninas nessa idade envolve crimes de natureza sexual.
Os números apresentados são alarmantes e mostram que a violência não escolhe idade, afetando também bebês e crianças até nove anos com uma frequência de 30% do total de agressões. Já entre indivíduos com idade de 15 a 69 anos, a violência física se revela predominantemente. Adultos a partir dos 70 anos sofrem mais com casos de negligência.
O que revelam os dados sobre agressores?

Profundando no relatório, observa-se que em 86,6% dos incidentes, os responsáveis pelas agressões são homens. Este alto índice é consistente a partir da faixa dos 10 anos. Entre as crianças mais novas, de 0 a 9 anos, os dados mostram uma divisão mais igualitária, com homens culpados por 50% dos casos e mulheres pelos restantes 50%.
Desafios no ambiente doméstico
O lar, que deveria ser um local de segurança para as meninas e mulheres, apresenta-se como o principal cenário desses crimes. Segundo o Atlas, cerca de 81% dos casos de violência acontecem dentro das próprias residências das vítimas. Assim, a dificuldade em lidar com essa realidade sombria provoca um sentimento de vulnerabilidade e medo.
Diminuição de homicídios no país, uma luz no fim do túnel?
Contrapondo-se aos dados de violência sexual e física, uma boa notícia vem à tona: a redução na taxa de homicídios. O Brasil observou um declínio de 3% nos homicídios comparado ao ano anterior, atingindo o menor índice desde 2012. Apesar disso, especialistas indicam que o número efetivo pode ser maior devido a casos não registrados oficialmente.
Este cenário complexo envolve vários fatores como falta de registro adequado e desinformação, que dificultam a formulação de estratégias eficazes para combater a violência de modo geral no país. O relatório sugere que muitas mortes classificadas sob causas indeterminadas poderiam, na verdade, ter sido homicídios ocultados.
- A violência sexual é predominante entre meninas de 10 a 14 anos.
- A violência física é mais comum entre pessoas de 15 a 69 anos.
- A negligência se destaca como o principal tipo de violência contra idosos.
Concluindo, é evidentemente crucial que haja um envolvimento maior em políticas de proteção e prevenção, especialmente focadas em ambientes de risco identificados, como o doméstico. Além disso, fortalecer o sistema de dados e a capacidade de registro pode elucidar ainda mais o panorama da violência, ajudando na criação de abordagens mais efetivas de combate ao problema.