O caso vem à tona após a justiça bloquear os valores arrecadados em uma campanha para ajudar no tratamento de uma criança portadora de Atrofia Muscular Espinhal (AME) em Santa Catarina. Os pais, Renato Openkoski e Aline Openkoski, foram acusados de desviar fundos para gastos pessoais e luxos.
Como foram usados os fundos da campanha de doação?
Os valores arrecadados, que chegaram a cerca de R$ 3 milhões, eram inicialmente destinados à compra do remédio Spinraza, vindo dos Estados Unidos e com custo de R$ 367 mil por dose. No entanto, a investigação lançou suspeitas sobre o uso desses recursos. A Polícia Civil, sob a coordenação da delgada Georgia Marrianny Gonçalves Bastos, constatou a apropriação do dinheiro em benefício próprio do casal, incluindo viagens, festas e compras luxuosas.
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Quais foram as consequências legais para o casal?
A investigação revelou que o casal havia comprado um veículo de R$ 140 mil e até tentou adquirir uma loja de roupas. Isso levou ao bloqueio de suas contas e à apreensão de bens pela polícia em março de 2018. Após o processo, em 2022, Renato e Aline Openkoski foram condenados por estelionato e apropriação indébita, tendo de responder com penas privativas de liberdade e indenizações, que incluíam pagamentos ao sistema judiciário e à vítima do crime.
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Qual impacto social desse caso?
O caso dos Openkoski trouxe à tona não só a questão da vulnerabilidade das campanhas de arrecadação, mas também a corrupção que pode existir ao se manipular a empatia e solidariedade das pessoas. Em particular, esse tipo de fraude prejudica diretamente aqueles que mais necessitam de suporte e abre precedentes perigosos para futuras campanhas de arrecadação sérias.
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O que dizem as autoridades?
Segundo a delegada Georgia Marrianny Gonçalves Bastos, esse tipo de crime é especialmente pernicioso por se aproveitar da vulnerabilidade de crianças seriamente doentes e da boa fé das pessoas. Ações judiciais e novos regulamentos são discutidos para fortalecer a transparência e a fiscalização em campanhas de doação futuras.
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De acordo com o juiz Paulo Eduardo Huergo Farah, a decisão pela condenação e significativas reparações financeiras reflete a gravidade dos atos cometidos pelo casal, visando também dissuadir futuras condutas criminosas semelhantes em situações de captação de recursos para necessidades médicas.
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