Recentemente, observamos um levíssimo decréscimo nas taxas de juros do cartão de crédito rotativo, uma mudança que reflete diretamente no bolso dos consumidores. Em maio deste ano, especificamente, a taxa anual caiu de 423,4% para 422,5%. Apesar de parecer pequena, essa variação pode significar uma diferença notável ao longo dos meses para quem utiliza o crédito rotativo.
Convém explicar, antes de tudo, o que compreende o crédito rotativo. Este é uma linha de crédito rápido e pré-aprovado que abarca não apenas as compras, mas também os saques realizados na função de crédito. Tal flexibilidade, contudo, vem acompanhada de altos juros, motivo pelo qual é uma opção financeira que deve ser manuseada com cautela.
O que é o crédito rotativo?
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_f035dd6fd91c438fa04ab718d608bbaa/internal_photos/bs/2019/b/c/7dncnITBK8jxbP3VZH1g/cartao-de-credito.jpg)
O crédito rotativo é, em essência, uma ferramenta de emergência financeira. Quando um cliente não realiza o pagamento integral de sua fatura até a data de vencimento, o saldo remanescente automaticamente migra para o rotativo. Ali, o saldo pode ser parcelado ou quitado no próximo ciclo de faturamento, mas acompanhado de taxas de juros significativamente altas.
Como os juros do cartão de crédito estão evoluindo?
Para além do decreto do Conselho Monetário Nacional (CMN), que estabelece que os juros de novas operações no rotativo realizadas desde o começo de janeiro não podem ultrapassar 100% do valor original da dívida, observamos tentativas regulatórias de controlar esse mecanismo. A ideia é proteger o consumidor de uma dívida infinita e crescente, que pode acarretar sérios problemas financeiros.
Impacto do regulamento do CMN nos consumidores
Este novo regulamento surge como um alento para aqueles que frequentemente recorrem ao cartão de crédito. Limitar os juros a no máximo o dobro da dívida original é uma medida que pode ajudar a interromper o ciclo de endividamento que assola muitos brasileiros. Porém, ainda é primordial que cada pessoa utilize o crédito de maneira consciente e responsável.
Além do rotativo, o parcelamento do cartão de crédito também apresentou um aumento nas taxas de juros, subindo de 182% para 184,8% ao ano. Essa é outra faceta do crédito que merece atenção, já que os juros compostos podem fazer com que uma dívida se multiplique rapidamente.
Em resumo, enquanto o cheque especial viu sua taxa decrescer de 130,4% para 128,4%, as modalidades de crédito via cartão ainda apresentam desafios significativos. A queda nas taxas do rotativo pode ser vista como um sinal positivo, mas ainda está muito distante do ideal. Para aqueles que recorrem ao crédito rotativo ou ao parcelamento, é essencial estar ciente dos juros acumulados e buscar alternativas mais vantajosas sempre que possível.
Continuamos de olho nas mudanças do mercado financeiro para trazer sempre a informação mais relevante e atual. Gerir finanças pessoais de maneira eficaz nunca foi tão crucial quanto em tempos de incertezas econômicas.
