Se você recebeu uma mensagem dizendo que tem crédito pré-aprovado, fique atento: pode ser um golpe. Esses avisos chegam por e-mail, SMS, WhatsApp — que pode expor senhas e redes sociais e prometem liberação imediata sem burocracia e até pagamento por PIX para te atrair (golpes que cobram taxa via PIX). Ao clicar, podem pedir pagamento de taxas adiantadas ou dados pessoais e simplesmente desaparecer. Nenhuma financeira séria cobra taxa antes da liberação; isso é proibido e fiscalizado pelo Banco Central.
Você tem crédito de R$4.500 PRÉ APROVADO: entenda o golpe e não caia
Você já viu aquela mensagem prometendo R$ 4.500 na sua conta em poucos minutos? Pode chegar por e-mail, SMS, WhatsApp ou redes sociais. A oferta parece boa demais para ser verdade. Na maioria das vezes, é um golpe. Aqui você vai entender como ele funciona e o que olhar para não ser burlado.
Como funciona o golpe do crédito pré-aprovado
O crime tem roteiro repetido. Em geral:
- Primeiro, você recebe uma mensagem dizendo que já tem um valor disponível para saque imediato (por exemplo, R$ 4.500).
- A mensagem pede que você clique em um link para resgatar o dinheiro.
- Ao acessar, você é levado a um site que imita um banco ou financeira, com visual profissional — parte de uma verdadeira epidemia de links falsos.
- Em seguida pedem o pagamento de uma taxa adiantada (chamada de liberação, garantia, seguro ou análise).
- A taxa pode variar de R$ 40 a R$ 800. Você paga, o dinheiro some e o crédito nunca aparece.
Lembre-se: nenhuma financeira regulamentada pede pagamento antecipado para liberar crédito. Se pedirem, é golpe (casos similares já foram identificados em mensagens que cobram taxas por encomendas).
Como identificar o golpe: o que observar (comparação com e-mail real)
Compare com mensagens que você realmente recebe do seu banco. Preste atenção a:
1. Endereço de e-mail e domínio
- Golpistas usam domínios estranhos (troca de .com por .xyz, letras a mais, subdomínios suspeitos).
- Bancos usam um domínio fixo e conhecido. Se o e-mail não corresponder, desconfie.
2. Saudações genéricas
- Mensagens reais costumam usar seu nome completo. Golpes usam Prezado cliente ou Olá usuário.
3. Links e URLs
- Passe o mouse (ou pressione e segure no celular) sobre o link antes de clicar para ver o endereço real.
- Se o link for diferente do texto ou levar a sites estranhos, não clique — é parte da onda de links falsos que tem enganado milhares.
4. Erros de português e formatação
- Apesar de mais sofisticados, muitos golpes ainda têm erros de gramática, frases truncadas ou imagens que não carregam.
5. Pressão por urgência
- Frases como Clique agora, Oferta por tempo limitado e Liberação imediata são usadas para reduzir seu tempo de reação.
6. Pedidos de dados sensíveis
- Se pedirem CPF, senha, dados do cartão ou códigos do app, é fraude. Golpistas também sequestram contas do WhatsApp para completar o golpe — veja como a clonagem do WhatsApp pode roubar seu PIX. Bancos não solicitam essas informações por e-mail ou mensagem.
7. Pedidos de pagamento antecipado
- Financeiras legais não cobram taxa para liberar crédito. Qualquer pedido desse tipo é sinal claro de golpe — inclusive cobranças via PIX, que têm sido usadas por fraudadores (fraudes envolvendo PIX).
8. Falta de informações oficiais
- Compare com um e-mail legítimo: assinaturas, logos, rodapé com CNPJ, telefone e canais de atendimento. A ausência desses elementos é sinal de alerta.
Sinais de alerta mais comuns (checklist rápido)
- Promessa de dinheiro rápido sem análise.
- Pedido de taxa antecipada (R$ 40 a R$ 800).
- Domínio do remetente estranho.
- Saudação genérica.
- Links que não batem com o texto.
- Erros de português ou imagens quebradas.
- Pedido de senha ou código do app.
- Pressão por urgência.
- Solicitação de comprovante de pagamento via PIX ou transferência.
- Ausência de número oficial ou CNPJ do emissor.
Use essa lista como um checklist antes de clicar ou responder.
Caso real de referência: observe o e-mail fraudulento
Imagine um e-mail com o assunto: Você tem crédito de R$4.500 PRÉ APROVADO e um botão RESGATAR AGORA. Ao clicar, abre um site com logo parecida com a de um banco. O site pede CPF e depois um pagamento de R$ 199 para taxa de análise.
O que isso revela?
- O assunto fisga pelo valor exato.
- O botão cria urgência.
- O site imita visual, mas o domínio é diferente.
- O pedido de taxa é a prova de fraude.
Se fosse um e-mail real, o banco teria outros canais seguros para notificar você, como mensagem dentro do app oficial ou contato por telefone cadastrado. Consulte sempre o app ou site oficial antes de agir — e desconfie de comprovantes e mensagens que imitam transferências; aprenda como se proteger após um roubo de PIX.
Como se proteger
Você pode tomar medidas simples e eficazes:
1. Nunca pague taxa para liberar crédito
Não importa a justificativa: não pague.
2. Confirme no app oficial
Se receber oferta, entre no aplicativo ou site oficial do banco. Não clique em links de mensagens; e, especialmente se você for idoso, cuidado com aplicativos inseguros — veja recomendações sobre apps perigosos para idosos.
3. Ligue para o telefone oficial
Use o número disponível no site do banco ou no seu contrato para confirmar a oferta.
4. Não forneça senhas ou códigos
Bancos não pedem senha, código SMS ou código do aplicativo por e-mail ou mensagem.
5. Habilite autenticação extra
Ative autenticação em duas etapas e outras opções de segurança no app e nas contas.
6. Bloqueie e denuncie
Bloqueie o número ou remetente, denuncie na plataforma (WhatsApp, provedor de e-mail) e registre boletim de ocorrência se houve prejuízo. Mensagens falsas que cobram taxas costumam ser denunciadas e removidas por provedores; informe a plataforma e as autoridades (exemplo de golpe por mensagens).
7. Desconfie de ofertas em redes sociais
Anúncios podem ser clonados. Verifique sempre a fonte oficial.
8. Verifique comprovantes de PIX
Fraudes usam comprovantes falsos. Confirme com o emissor por outro canal antes de confiar. Fique atento também às medidas de fiscalização e bloqueio adotadas pelas autoridades, como o bloqueio de chaves PIX realizado pelo Banco Central e as orientações da Receita sobre fake news do PIX.
Conclusão
Se você recebeu uma oferta de crédito pré-aprovado prometendo dinheiro fácil, respire fundo. Muitas dessas mensagens são golpe. Não se deixe levar pela urgência ou pelo brilho da proposta: pare, não clique e não pague taxa antecipada. Confirme tudo pelo app oficial ou pelo telefone do banco. Não forneça senhas nem códigos. Bloqueie o remetente e denuncie. Proteger suas finanças é sempre mais seguro do que correr atrás de promessas imediatas.
Perguntas frequentes
O que é esse golpe do crédito pré-aprovado?
É uma mensagem falsa que promete dinheiro fácil. O golpista envia um link, depois pede dados ou taxa adiantada. Você não recebe nada.
Quais sinais mostram que é golpe?
Promessa de liberação imediata; pedido de taxa antecipada (R$40 a R$800); link estranho; remetente desconhecido; oferta sem contato oficial.
Instituições sérias cobram taxa antes do crédito?
Não. Financeiras regulamentadas não podem pedir pagamento antes da liberação. O Banco Central combate essa prática.
O que fazer se cliquei no link ou paguei a taxa?
Interrompa contato com o site, bloqueie cartões e contas, troque senhas e ative 2FA, registre boletim de ocorrência e guarde provas (prints, mensagens). Avise seu banco imediatamente.
Como me protejo para não cair no golpe?
Não clique em links suspeitos; confirme a oferta direto com o banco; nunca pague para receber empréstimo; desconfie de promessas muito fáceis; denuncie mensagens suspeitas.

