De acordo com recentes dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), nos últimos dois anos observamos um número preocupante de hospitalizações de crianças e adolescentes devido a queimaduras.
Durante 2022 e 2023, foram registradas aproximadamente 14 mil internações de jovens até 19 anos, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Este cenário alerta para a frequência diária desses acontecimentos, que chegam a cerca de 20 casos por dia.
A faixa etária mais comprometida acomete crianças de 1 a 4 anos, com um total de 6.4 mil casos nos anos mencionados.
O levantamento também mostra uma distribuição geográfica desigual das ocorrências por estados, com destaques negativos para Paraná, São Paulo e Bahia.
Diante deste panorama, torna-se essencial discutir e propagar informações sobre prevenção e cuidados.
Como as Queimaduras Acontecem?
Os acidentes que levam a queimaduras geralmente envolvem descuido por parte dos responsáveis.
De acordo com Clóvis Francisco Constantino, presidente da SBP, é possível evitar grande parte desses acidentes com vigilância e cuidados constantes.
Além disso, as situações de risco no cotidiano, em especial na cozinha, são as mais comuns entre as causas desses infortúnios.
Quais Estados Têm Mais Casos Registrados?
Analisando os registros, o Paraná encabeça a lista com 1.730 internações, seguido de perto por São Paulo e Bahia.
Essa distribuição reflete, portanto, as necessidades específicas de campanhas de prevenção e conscientização ajustadas às realidades locais.
Além de um planejamento de saúde pública que possa efetivamente alcançar essas populações mais afetadas.
Quais medidas podem prevenir queimaduras em crianças?
Por fim, uma medida eficaz, de acordo com Luci Pfeiffer, do Departamento Científico de Prevenção e Enfrentamento às Causas Externas na Infância e Adolescência da SBP, é a instalação de portões na cozinha para impedir o acesso de crianças enquanto há preparo de alimentos.
Além disso, durante períodos festivos como os festejos juninos, a atenção deve ser redobrada com fogos de artifício e fogueiras, que representam perigos significativos para queimaduras graves.
- Educacional: Campanhas de conscientização sobre os riscos e primeiros socorros em queimaduras.
- Preventivo: Instalação de barreiras físicas e organização do ambiente doméstico.
- Legal: Regulamentação e fiscalização mais estritas no comércio e uso de fogos de artifício.
Portanto, é crucial que esta realidade seja amplamente divulgada e que as famílias brasileiras estejam equipadas com conhecimento e recursos para prevenir tais acidentes.
Dessa forma, a prevenção é sempre o melhor caminho e pode significativamente reduzir as estatísticas alarmantes de queimaduras em jovens.
A SBP mantém em seu site um compêndio de recomendações e medidas preventivas acessíveis a todos os interessados.