Neste artigo você vai entender como o Banco Central mudou as regras para proteger os pagamentos digitais e o que isso significa para clientes, empresas e o sistema financeiro. A nova resolução, publicada recentemente, exige que instituições consultem bases públicas e privadas e recusem operações ligadas a contas suspeitas.
O que muda na prática?
A regra determina que, sempre que houver indício de risco de fraude, bancos e instituições de pagamento devem rejeitar a transação e notificar o destinatário. O procedimento vale para Pix, TED, DOC, depósitos e contas pré-pagas. Para identificar contas suspeitas, as instituições terão de:
- Consultar bases públicas e privadas;
- Aplicar monitoramento contínuo e tecnologia de detecção de anomalias;
- Comunicar o cliente quando a operação for recusada e orientar sobre próximos passos.
Essa ação funciona como um porteiro digital: se a operação apresentar sinais de irregularidade, ela não é concluída.
O que os bancos e fintechs devem fazer
Para cumprir a regra, as instituições precisarão:
- Integrar diversas bases de dados (públicas e privadas) e adaptar-se às novas arquiteturas do sistema de pagamentos, como as mudanças trazidas pelo Pix 2.0 e DREX;
- Ajustar regras de bloqueio e workflow de atendimento;
- Treinar equipes de suporte e compliance;
- Reduzir falsos positivos sem comprometer a segurança.
Instituições menores podem enfrentar custos e desafios técnicos maiores no curto prazo.
Impacto para clientes e empresas
Vantagens:
- Menos espaço para fraudes e maior confiança em pagamentos digitais;
- Menor necessidade de ressarcimentos e disputas judiciais quando o sistema funciona bem.
Desafios:
- Possibilidade de bloqueios indevidos (falsos positivos), exigindo paciência e troca de documentos;
- Empresas devem revisar processos de pagamentos e manter comprovantes acessíveis.
Se sua transferência for recusada, verifique a notificação do banco, reúna comprovantes (nota fiscal, contrato, comprovante de pagamento) e contate o atendimento. Para evitar problemas com comprovantes falsos, consulte orientações sobre como identificar comprovantes falsos. Para empresas, envolva o setor financeiro e seja objetivo nas explicações.
Golpistas e o sistema financeiro
A norma dificulta a criação e uso de contas de fachada, encerrando rotas comuns de lavagem de dinheiro e fraudes. A medida também vem em resposta a incidentes que expuseram dados e mostraram vulnerabilidades, como o vazamento de dados do Pix. Para o sistema financeiro, a medida uniformiza práticas e estabelece um padrão mínimo de proteção para todas as instituições.
Nubank e outros players no mercado
Enquanto o Banco Central avança na segurança, fintechs como o Nubank continuam lançando benefícios e recursos tecnológicos — por exemplo, iniciativas de Pix por voz e por mensagem — que podem conviver com os novos requisitos. Atenção: contas marcadas como suspeitas podem impactar o recebimento de valores, inclusive benefícios de cashback, até que a situação seja regularizada. Novas modalidades de pagamento também estão mudando o fluxo de recebimentos, como o Pix parcelado.
Conclusão
A resolução do Banco Central eleva a régua dos pagamentos digitais: mais checagens e proteção, mas com o risco de atritos pontuais para usuários legítimos. As instituições têm até 13 de outubro de 2025 para se adaptar. No curto prazo haverá custos e ajustes; no médio prazo, a expectativa é de menos fraudes e mais confiança no sistema.
Perguntas frequentes
- O que a nova resolução do Banco Central determina?
Obriga bancos e instituições a rejeitar transações destinadas a contas suspeitas de fraude, com comunicação ao cliente. Para entender medidas similares implementadas no Pix, veja as mudanças em novas medidas no Pix. - Quais instrumentos de pagamento são afetados?
Pix, TED, DOC, depósitos e contas pré-pagas. - Como as instituições identificarão contas suspeitas?
Por meio de consulta a bases públicas e privadas e de sistemas de monitoramento e detecção de anomalias; processos que acompanham a evolução tecnológica do setor, como discutido nas matérias sobre Pix 2.0 e DREX. - O que acontece quando há risco de fraude numa transação?
A operação deve ser recusada e o destinatário informado sobre os próximos passos. - Qual o prazo para adaptação e qual o impacto prático?
Prazo até 13 de outubro de 2025. Impacto: atualização de sistemas, reforço de compliance e investimentos em tecnologia, com ganhos em segurança e desafios de implementação. Para se preparar, usuários podem ler orientações sobre proteção do Pix.