Os moradores da região metropolitana de Porto Alegre continuam sofrendo com os efeitos das enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul nas últimas semanas. Além das vidas perdidas e pessoas desaparecidas, as vítimas agora enfrentam a perda de seus imóveis. Essa situação pode ser menos angustiante para quem contratou um seguro residencial que funciona para casa alagada, embora ainda seja necessário lidar com algumas burocracias.
Seguro para Casa Alagada

Cada seguro residencial possui regras específicas definidas no momento da assinatura do contrato. Assim, se seu imóvel sofreu danos devido às enchentes, é crucial revisar o contrato de seguro imediatamente para verificar os detalhes da cobertura.
Segundo especialistas, existem dois tipos de seguro residencial: o vinculado a um financiamento imobiliário ativo e o seguro opcional, contratado diretamente com uma seguradora.
Em ambos os casos, é provável que a inundação esteja coberta, pois imóveis situados próximos a rios ou grandes corpos de água geralmente incluem cobertura contra enchentes.
Como obter um seguro residencial ?
Para acionar o seguro, o proprietário deve notificar a seguradora ou a instituição financeira, no caso de imóvel financiado. Essa notificação de sinistro precisa ser feita formalmente, preferencialmente por escrito. O processo pode ser realizado através do corretor de seguros ou diretamente no site das seguradoras, onde geralmente há um formulário disponível para preenchimento.
Portanto, os especialistas recomendam que os proprietários entrem em contato com a seguradora ou com o banco responsável pelo financiamento imobiliário o mais rápido possível para acionar o seguro. Dada a situação atual no estado sulista, a maioria dessas instituições já oferece canais especiais para atender a população gaúcha.
Na notificação de sinistro, é essencial anexar evidências de que o imóvel foi realmente afetado pelas enchentes. Fotos e reportagens que comprovem os danos podem acelerar o processo. Mesmo com essas provas, a seguradora pode enviar um perito ao local para verificar se o dano foi causado pelas chuvas ou por outro motivo.
Quanto tempo para ser ressarcido ?
Dado que o Rio Grande do Sul atualmente registra 614 mil pessoas desabrigadas, conforme relatório da Defesa Civil, é compreensível que todo esse processo possa levar bastante tempo. No entanto, com 76,5 mil pessoas vivendo em abrigos e outras 538,2 mil na casa de parentes ou amigos, a seguradora precisa agir rapidamente.
O segurado não pode esperar meses para ser ressarcido. Se a cobertura for negada, ele pode registrar uma reclamação formal na SUSEP (Superintendência de Seguros Privados). Caso isso não resolva, a próxima etapa é recorrer à via judicial.