O Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) anunciou recentemente um aumento significativo na taxa de juros aplicada aos empréstimos consignados para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A decisão foi tomada em resposta às mudanças na taxa Selic, a taxa básica de juros do Brasil, que tem sido ajustada pelo Banco Central com o objetivo de controlar a inflação.
O novo teto para os juros dos empréstimos consignados convencionais, que são descontados diretamente da folha de pagamento dos beneficiários, foi elevado de 1,80% ao mês para 1,85% ao mês. Esta é a segunda vez que o governo Lula realiza um ajuste desse tipo, refletindo a tendência de alta da Selic.
Por que o aumento na Taxa Selic Influencia tanto os juros do consigando do INSS?
A Selic é um dos principais instrumentos utilizados pelo Banco Central para controlar a inflação no país. Quando a Selic aumenta, os custos de financiamento para bancos e outras instituições financeiras também sobem, o que geralmente leva a um aumento nas taxas de juros nos consignados do INSS dos consumidores.
No caso dos empréstimos consignados, que são uma forma de crédito pessoal com garantia de pagamento, o ajuste da Selic tem um impacto direto nas taxas aplicadas.
O histórico recente mostra que a Selic passou por diversos ajustes, afetando diretamente o teto dos juros do crédito consignado. Por exemplo, em março de 2023, a taxa consignada estava em 1,97% ao mês, enquanto a Selic era de 13,75% ao ano. Com a Selic atualmente em 14,25% ao ano, o ajuste para 1,85% ao mês no crédito consignado busca acompanhar essa tendência.
Como Funciona o Crédito Consignado?
O crédito consignado é uma modalidade de empréstimo em que as parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento ou do benefício do INSS.
Essa característica reduz o risco de inadimplência para as instituições financeiras, permitindo que as taxas de juros sejam geralmente mais baixas em comparação com outras formas de crédito pessoal.
Entre as vantagens do crédito consignado estão a facilidade de contratação e a possibilidade de obtenção de valores mais altos. No entanto, é importante que os beneficiários estejam atentos às condições do contrato e ao impacto das taxas de juros em seu orçamento mensal.
Como o cenário fica para os Aposentados?
Os aposentados e pensionistas do INSS, que muitas vezes dependem de empréstimos consignados para complementar sua renda, podem sentir o impacto do aumento das taxas de juros.
O ministro da Previdência, Carlos Lupi, destacou que a decisão de elevar o teto dos juros foi uma medida preventiva, considerando as expectativas de novos aumentos na Selic nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).
Com o aumento da Selic, o CNPS optou por ajustar as taxas de juros do consignado de forma gradual, evitando um impacto ainda maior no futuro. Os novos valores passam a vigorar cinco dias úteis após a publicação da resolução do Conselho, proporcionando um tempo de adaptação para os beneficiários.
O Futuro dos juros do Consignado do INSS e da Selic
O cenário econômico atual sugere que a Selic pode continuar a ser ajustada pelo Banco Central, dependendo das condições de inflação e da economia global. Para os aposentados e pensionistas, isso significa que as taxas de juros do crédito consignado do INSS podem passar por novos aumentos no futuro.
Os beneficiários devem se manter informados sobre as mudanças nas taxas de juros e considerar cuidadosamente suas opções de crédito. A gestão financeira prudente e o planejamento são essenciais para minimizar o impacto dos aumentos nas taxas de juros sobre o orçamento familiar.