Recentemente, a União Europeia registrou números alarmantes relacionados à coqueluche, uma doença infecciosa aguda que ataca principalmente o sistema respiratório.
Neste ano, apenas nos primeiros trimestres, ultrapassou-se a marca dos 32 mil infectados. Um aumento significativo comparado ao ano anterior completo, que teve pouco mais de 25 mil casos.
Este crescimento preocupante e contínuo cita a necessidade de vigilância ainda maior durante grandes eventos, como os Jogos Olímpicos de Paris.
A França, que sediará os jogos a partir de 26 de julho, já enfrenta um cenário onde os casos dobraram de abril para maio, saltando de 1.400 para 3.000.
Perante a possibilidade de um cenário semelhante ocorrer em breve no Brasil, o Ministério da Saúde brasileiro já emitiu um alerta devido à queda nas coberturas vacinais, principal medida de proteção contra a doença.
O Que É Coqueluche e Como É Transmitida?

A coqueluche, também conhecida por tosse comprida, é causada pela bactéria Bordetella pertussis.
Ela se caracteriza por sintomas que podem se confundir com um resfriado comum nas etapas iniciais.
Como, por exemplo, tosse seca, febre baixa e mal-estar, mas que podem evoluir para acessos de tosse severos e problemas respiratórios.
Dessa forma, a transmissão acontece pelo contato direto com a pessoa infectada, através de espirros, tosse ou até mesmo a fala.
Por que a Vigilância é Crucial Durante Grandes Eventos?
Eventos de grande escala como os Jogos Olímpicos funcionam como catalisadores para a disseminação de infecções devido à alta concentração de pessoas de diversas partes do mundo.
Dessa forma, a agência de saúde francesa, Santé Publique, já identificou a necessidade de “vigilância acrescida”. Especialmente com o aumento dos diagnósticos já observados no território.
As aglomerações favorecem a transmissão de doenças, e, sem medidas adequadas, a situação epidêmica pode escalar rapidamente.
Como a Queda na Vacinação Impacta a Disseminação da Coqueluche?
Portanto, a vacinação é a principal defesa contra a coqueluche.
No entanto, dados do DataSUS mostram que houve uma queda considerável na cobertura vacinal nos últimos anos, de 96% em 2015 para 77% em 2022.
Esta diminuição na imunização da população cria um ambiente propício ao ressurgimento e a expansão dessa doença infecciosa, que, por muitos anos, foi controlada eficientemente no Brasil.
- Intensificação de alertas a profissionais de saúde: Identificação e manejo rápido dos casos.
- Oferta de tratamento adequado: Disponibilização de antibióticos específicos a todas as áreas afetadas.
- Expansão da vacinação: Incentivo à vacinação não apenas para crianças, mas também para adultos e profissionais de saúde.
Com a cooperação de profissionais de saúde, políticas governamentais eficazes e conscientização pública, é possível combater a disseminação da coqueluche e proteger as populações, especialmente os mais vulneráveis, como bebês e idosos.
Por fim, é essencial que a população mantenha o esquema vacinal atualizado e esteja atenta aos sinais da doença, procurando assistência médica imediata ao identificar os sintomas iniciais.