Governo Lula anunciou! Vai acabar o teletrabalho no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a partir de agosto. Através de um comunicado oficial, o presidente do INSS escreveu:
“Com o intuito de aperfeiçoarmos o trabalho presencial na Administração Central a partir de 01 de agosto de 2024, solicitamos que apresentem até o dia 22 de julho de 2024 o plano de desmobilização do trabalho remoto no âmbito de suas respectivas unidades, que compõe a Administração Central”.
Assim, a estratégia para desmobilização do trabalho remoto deve contemplar todos os servidores nominalmente a apresentar justificativa no caso de permanência excepcional de um servidor em trabalho remoto. Confira maiores detalhes a seguir sobre como isso vai afetar a todos.
Desmobilização

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, anunciou o plano de eliminação do trabalho remoto do INSS! Assim, agora resta esperar pela definição de uma porcentagem máxima de autorização para trabalho remoto em cada unidade.
A reação dos servidores com a notícia, não foi boa. Os mesmos acreditam que o movimento seja pura “politicagem” do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, e negam que a mudança vá resolver o problema de atendimento.
Os servidores afirmam que a falta de equipamentos para o trabalho presencial é um empecilho, e que seria necessário um investimento bilionário antes da iniciativa. Além disso, eles alegam que o home office praticamente dobrou a produção e foi fundamental para a redução da fila de espera.
A categoria ainda vem se desdobrando para conseguir um diálogo com a gestão do INSS nos bastidores na tentativa de negociar uma alternativa que preserve o que consideram “benefícios” no que diz respeito a produtividade do home office aliado a um modelo de retomada do atendimento presencial à população.
O que Stefanutto disse
Segundo Stefanutto ao Metrópoles, a retomada não será feita de maneira brusca. O presidente ainda lembrou que essa modalidade de trabalho remoto se aprofundou na pandemia de Covid-19, mas tanto órgãos do setor público — como a irmã Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev) —, quanto empresas privadas já retomaram o trabalho presencial.
“É um movimento natural, porque primeiro o trabalho remoto tem que ser feito a favor do órgão e do segurado a que a gente atende. Ele não é um direito”, afirmou.
O mesmo citou benefícios do serviço cara a cara com a população, uma vez que o público atendido pelo INSS é de pessoas mais velhas e/ou em situação de vulnerabilidade, as mesmas que muitas vezes não têm formação tecnológica para acessar os serviços virtuais.
“Não é questão de serem muitos ou poucos. Hoje, a gente identifica no trabalho remoto alguma dificuldade, especialmente na gestão. Servidores de gestão, que são chefes, não podem estar no trabalho remoto. Todos os chefes voltarão ao trabalho presencial”, afirmou ele. Ainda afirmou identificar resistências dos servidores, mas observou que “não faz sentido” trabalho remoto para cargos de chefia. “Mas tudo vai ser feito com muita tranquilidade, negociado. É só uma adequação.”
Por fim, Stefanutto concluiu que intermediários tendem a se aproveitar da redução do trabalho presencial para aumentar o assédio sobre os segurados.
O trabalho remoto continuará sendo usado, porém, nas práticas da Esplanada dos Ministérios e do mercado privado. Quanto aos servidores do INSS que analisam processos, por exemplo, é possível a manutenção do teletrabalho, mas com acréscimo das metas definidas.