O laudo indicando carcinoma em lesões retiradas do ex‑presidente Jair Bolsonaro chama atenção para um problema comum no Brasil: o câncer de pele. A exposição aos raios UV do Sol é a principal causa evitável desse tipo de tumor. Este texto explica os tipos, sinais que exigem procura médica, tratamentos e medidas de prevenção — e mostra por que o diagnóstico precoce faz tanta diferença.
Por que o caso ganhou repercussão
A manifestação pública sobre o laudo sensibiliza porque ressalta que o câncer de pele afeta muita gente. No Brasil, tumores cutâneos representam mais de 30% dos casos de câncer. Não é um problema só de políticos: qualquer pessoa exposta ao Sol sem proteção acumulada está em risco.
Casos tornados públicos por figuras conhecidas também chamam atenção para a importância do diagnóstico e do tratamento, como mostrado em outros relatos de celebridades que enfrentaram a doença (relato sobre diagnóstico de personalidades). Detectar cedo costuma significar tratamentos menos invasivos e melhor prognóstico.
Tipos de câncer de pele
Os tumores cutâneos dividem‑se em dois grandes grupos:
- Melanoma
- Raro (cerca de 3% dos casos) e mais agressivo. Surge como uma pinta que muda e pode metastizar.
- Não melanoma (carcinomas)
- Carcinoma basocelular: o mais frequente; cresce devagar, aparece como ferida, nódulo ou lesão perolada.
- Carcinoma espinocelular: cresce mais rápido, pode surgir como ferida que não cicatriza e tem maior risco de espalhar.
Ambos os grupos estão fortemente ligados à radiação UV do Sol. Outros fatores de risco: pele clara, muitas pintas, história familiar e medicamentos que reduzem a imunidade.
Sinais que exigem atenção e diagnóstico
Fique atento a alterações na pele. Procure um dermatologista ao notar:
- Ferida que sangra, coça ou não cicatriza em 2–3 semanas.
- Pinta que muda de cor, tamanho ou forma.
- Lesão nova que cresce rápido.
Regra ABCDE para suspeita de melanoma:
- A: Assimetria
- B: Borda irregular
- C: Cor variada
- D: Diâmetro maior que 6 mm
- E: Evolução (mudanças ao longo do tempo)
Somente um dermatologista pode avaliar corretamente; a confirmação é feita por biópsia.
Tratamento
O tratamento depende do tipo e do estágio:
- Lesões detectadas cedo: cirurgia para remoção costuma curar.
- Melanoma ou doença avançada: imunoterapia, terapias alvo, quimioterapia ou combinações conforme o caso.
Quanto mais precoce o diagnóstico, menor a necessidade de tratamentos agressivos. Para pacientes que dependem do sistema público, existem decisões e iniciativas que afetam o acesso a leitos e serviços, inclusive projetos de modernização do atendimento do SUS (programas de modernização do SUS).
Prevenção — medidas práticas
Pequenos hábitos reduzem muito o risco de câncer de pele:
- Use protetor solar diariamente e reaplique ao suar ou nadar — veja orientações práticas e dicas essenciais para proteger pele e cabelo do sol.
- Evite exposição intensa entre 10h e 16h; busque sombra.
- Use chapéu, óculos e roupas com tecido fechado.
- Não utilize câmaras de bronzeamento artificial.
- Faça autoexame regular; peça ajuda para examinar costas e áreas de difícil acesso.
- Consulte o dermatologista ao notar pintas novas ou alterações.
- Mantenha a pele hidratada e, no frio, considere ingredientes que ajudam a reforçar a barreira cutânea, como as ceramidas (uso de ceramidas para proteger a pele no frio).
Para quem prefere rotinas simples, há orientações para reduzir o número de produtos sem comprometer a proteção diária da pele (como simplificar a rotina de skincare).
Essas ações protegem contra a radiação UV do Sol e diminuem a chance de desenvolver carcinoma e outros tipos de câncer de pele.
Mutirões e triagens comunitárias
Ações públicas, como mutirões de prevenção e exames gratuitos — por exemplo, o realizado em 17/09/2025 em Presidente Prudente — ajudam a detectar lesões precocemente e ampliar o acesso ao diagnóstico. Informe‑se sobre campanhas na sua cidade e incentive familiares e amigos a participarem. Quem depende do SUS também deve checar direitos relacionados a medicamentos e tratamentos, incluindo orientações sobre remédios gratuitos pelo SUS.
Resumo prático
- Câncer de pele é muito comum no Brasil; a radiação UV do Sol é o principal fator de risco.
- Carcinomas (basocelular e espinocelular) são os mais frequentes; melanoma é menos comum, porém mais agressivo.
- Procure um dermatologista por feridas que não cicatrizam, pintas que mudam ou lesões novas.
- Diagnóstico precoce aumenta muito as chances de cura; cirurgia costuma ser suficiente nos estágios iniciais.
- Previna‑se com protetor solar, roupas de proteção e evitando o sol forte.
Conclusão
O laudo sobre o ex‑presidente é um lembrete: cuidar da pele é atitude de rotina. A proteção contra o Sol, o autoexame e a busca por atendimento ao notar alterações são medidas simples que salvam vidas. Compartilhe essa informação e procure um dermatologista quando houver dúvidas.
Perguntas frequentes
- O que é carcinoma?
Carcinoma é o termo para tumores de pele não melanoma, principalmente basocelular e espinocelular, ligados em grande parte à exposição solar. - Quais sinais devo observar?
Feridas que não cicatrizam, pintas que mudam de cor/forma/tamanho e lesões que crescem rapidamente. - Como prevenir?
Uso diário de protetor solar, evitar o sol forte, roupas protetoras, não usar câmaras de bronzeamento e consultas regulares ao dermatologista. - Quem tem maior risco?
Pele clara, histórico familiar, muitas pintas, uso de imunossupressores e exposição solar acumulada. - Por que o diagnóstico precoce é importante?
Porque permite tratamentos menos invasivos e maior chance de cura; na maioria dos casos iniciais, a cirurgia resolve.