O ano de 2023 trouxe uma inversão preocupante na questão ambiental do Brasil. O Cerrado, conhecido por sua biodiversidade única, ultrapassou a Amazônia, tornando-se o bioma mais afetado pelo desmatamento no país. De acordo com dados recentes do MapBiomas, o ecossistema do Cerrado perdeu incríveis 1.110.326 hectares de vegetação nativa, registrando um aumento de 68% em relação ao ano anterior.
Esse avanço do desmatamento no Cerrado representa um alerta vermelho para a conservação ambiental no Brasil, especialmente nas áreas que compõem o Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). Esses estados têm sido pontos críticos dessa perda significativa de vegetação, com quase metade da destruição concentrada nessa região. Em detalhe, o Maranhão destacou-se com um aumento preocupante de 95,1% no desmatamento comparado a 2022.
Qual é a principal causa do desmatamento no Cerrado?

O principal vetor apontado para essa destruição intensiva é a expansão agropecuária, que responde por 97% do desmatamento observado no país. A prática, que é vital para a economia de muitas regiões, paradoxalmente representa uma grande ameaça para o equilíbrio ecossistêmico dessas áreas.
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Quais estados lideram o ranking de desmatamento no Brasil?
- Maranhão: 331.225 hectares (aumento de 95,1%)
- Bahia: 290.606 hectares (aumento de 27,5%)
- Tocantins: 230.253 hectares (aumento de 177,9%)
- Pará: 184.763 hectares (redução de 60,3%)
- Mato Grosso: 161.381 hectares (redução de 32,1%)
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Tendências recentes e mudanças no padrão do desmatamento
Apesar das notícias alarmantes vindas do Cerrado, o Brasil como um todo registrou uma queda de 11,6% na área desmatada em 2023, marcando a primeira diminuição desde 2019. Segundo especialistas, essa tendência sugere uma mudança nos padrões de desmatamento, com uma preocupante transição da destruição de biomas florestais para a destruição dos biomas savânicos e campestres, como o Cerrado.
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O ano também foi marcante para a Amazônia, onde o ritmo de perda de vegetação segue sendo preocupante, apesar da diminuição geral. No dia 15 de fevereiro de 2023, um evento chocante destacou-se: uma área equivalente a cerca de seis mil campos de futebol foi desmatada em apenas 24 horas. Isso demonstra a contínua necessidade de políticas eficazes e de ampla fiscalização para combater este mal persistente.
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O cenário é complexo e exige a atenção de todos, desde governantes até cidadãos, para reverter essa tendência destrutiva e salvaguardar os preciosos e diversos ecossistemas do Brasil. O futuro de nossa biodiversidade e a qualidade de vida das próximas gerações dependem de ações imediatas e eficazes na proteção ambiental.
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