Com uma carreira que se estende por décadas, Alaíde Costa emerge agora com frescor e vitalidade impressionantes. Recentemente, a artista lançou “E o Tempo Agora Quer Voar”, o segundo volume da sua trilogia planejada, seguindo o sucesso de “O Que Meus Calos Dizem Sobre Mim”. Este novo trabalho é uma prova viva de que sua arte continua relevante e amada, atravessando gerações.
A venerada cantora, que encontrou suas raízes musicais antes mesmo da bossa nova ser reconhecida como um gênero, relata uma jornada de altos e baixos. Desde gravações que mudaram o curso do gênero até períodos de menor visibilidade, sua trajetória é um testemunho de resiliência e reinvenção.

A cantora Alaíde Costa: Foto: Reprodução Caderno ELA
Por que Alaíde Costa Considera Este Momento como Seu Auge?
Alaíde Costa compartilha que, apesar de uma carreira prolífica, é só agora que sente o calor do reconhecimento pleno. “Agora é que está vindo o reconhecimento,” ela explica. Um aspecto particularmente gratificante para ela é a atenção que vem recebendo do público mais jovem, um fenômeno que ela credita aos últimos anos, incluindo o período da pandemia.
Colaborações Renovadoras no Novo Álbum
O novo álbum, “E o Tempo Agora Quer Voar”, é notável não apenas pela voz inconfundível de Costa, mas também pelas colaborações estelares que incorpora. Artistas como Emicida, Caetano Veloso, Nando Reis, Marisa Monte e Carlinhos Brown emprestam seus talentos, criando uma obra que é tanto um diálogo entre gerações quanto um repertório rico e diversificado.
Por exemplo, a faixa “Você Não Entrou Só Porque Não Quis”, inspirada em um diálogo antigo com Caetano Veloso, mostra como as conexões pessoais e as experiências vividas por Alaíde alimentam diretamente na sua arte. Além disso, “Bilhetinho” e “Meus Sapatos” são outras canções que utilizam memórias pessoais como base para letras profundas e melodias envolentes.
Impacto do Novo Álbum e a Evolução do Gênero
O trabalho de Alaíde Costa se destaca por sua capacidade de evocar a essência da bossa nova enquanto empurra suas fronteiras. A inclusão de elementos contemporâneos e a colaboração com músicos de diferentes gerações permitem que seu trabalho não somente preservar a tradição, mas também introduzir novidades e aproximações inovadoras.
Este novo álbum serve não apenas como uma celebração de sua abordagem único da música Brasileira, mas também como um veículo para a narrativa contínua de sua vida e carreira. Com a bossa nova como ponto central, Costa prova que é possível ser simultaneamente clássico e revolucionário.
Com certeza, “E o Tempo Agora Quer Voar” é um marco na carreira de Alaíde, representando não apenas seu legado até o momento, mas também apontando para um futuro ainda repleto de possibilidades. Em uma indústria que muitas vezes esquece seus pioneiros, Alaíde Costa continua a ser uma voz indispensável e uma verdadeira embassadora da bossa nova.