Novo alerta! Você passa o seu número de CPF na farmácia? Se você compra remédios com frequência, certamente já se viu obrigado a passar o seu CPF no caixa no momento de pagar a compra. Mas afinal, essa prática é ou não perigosa? Confira na íntegra!
Passar CPF na farmácia é perigoso?
Na grande maioria dos casos, passar o CPF na farmácia, tem o único objetivo de aproveitar descontos em produtos. Mas é fato que boa parte dos consumidores brasileiros ficam desconfiados se essa prática é ou não legal.
Em primeiro lugar, é importante lembrar que em 2021, entrou em prática a LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados, que se trata de um conjunto de regras que servem para dar orientação aos consumidores, quanto aos seus direitos e deveres em relação ao que é divulgado.
A respeito de colher os CPFs em farmácias, essa lei indica em linhas gerais que o compartilhamento de informações pessoais deve sempre ocorrer sob consentimento do consumidor. Ou seja, você precisa dar autorização caso os estabelecimentos queiram compartilhar seus dados.
Porém, a única exceção, é nos casos de mandatos judiciais, ou para garantir a segurança pública e investigações criminais, ou em ações da justiça e também de segurança pública. Seguindo essa lógica, é impossível afirmar que a liberação do CPF em farmácias não deve ocorrer sem o consentimento do cidadão, caso ocorra o estabelecimento estará cometendo um crime.
Então passar o CPF nas farmácias é seguro?
Depende, caso o cidadão permita o uso dessa numeração, ao passar o CPF para o estabelecimento, então não haverá problema o estabelecimento usar. Mas isso ainda levanta grandes dúvidas, pois as farmácias ainda costumam pedir essa informação para fornecer descontos.
E o que elas fazem com essa informação, para o que serve na prática? De acordo com especialistas, na grande maioria dos casos, o CPF serve apenas para alimentar uma base de informações sobre as condições de saúde de cada cidadão.
Imagine que você compre todos os meses um remédio para diabetes, a farmácia usa essa informação e faz um cadastro seu no banco de dados, e após, repassa essa informação para uma empresa de plano de saúde, que poderia direcionar a você uma publicidade oferecendo exatamente serviços que poderiam te servir.
Aqui vale notar que, a LGPD indica que dados sensíveis são considerados restritos. Ou seja, necessariamente eles não poderiam ser usados para propósito discriminatório. Para elucidar, pense que ao invés de diabetes, você porta o vírus HIV, a empresa que sabe desse problema e repassasse essa informação, estaria cometendo um crime.
Farmácia Popular se envolve em caso polêmica
Recentemente, o programa Farmácia Popular chamou a atenção da população, após, segundo investigações, um grupo criminoso ter acesso aos dados de vários brasileiros com objetivo de fraudar solicitações de medicamentos e outros insumos.
Ou seja, os criminosos entraram no sistema roubaram as informações dos brasileiros para poder fraudar pedidos de remédios. Mas como saber se você foi vítima de vazamento de dados envolvendo o programa?
Primeiro, basta baixar o app SUS digital do Sistema Único de Saúde, que é de graça. Ao baixar, realize o login com o seu cadastro gov.br. usando senha e CPF. Em seguida, clique na aba meu SUS digital medica, clique em recebidos e confira a lista de registro de medicamentos.
Se você é uma pessoa que não faz uso de medicamentos constantemente, e tiver o seu nome ali, você saberá que foi vítima de golpe. Porém, se você faz uso constante de medicamento, observe se há solicitações que não foram realizadas por você.
Para resolver, basta desabilitar essa autorização de retirada de remédios e outros insumos do Farmácia Popular do governo federal que estiver no seu nome.
