O cantor João Carreiro, cujo falecimento ocorreu na última quarta-feira (3) em Campo Grande–MS, aos 41 anos, enfrentava uma condição cardíaca conhecida como prolapso da válvula mitral (PVM), conforme confirmado pelo empresário do artista.
A cirurgia para a inserção de uma válvula cardíaca, na tentativa de tratar a condição, resultou, infelizmente, na perda do cantor.
Segundo o médico Jandir Gomes, diretor do hospital onde João Carreiro foi submetido à cirurgia, a morte foi classificada como uma “fatalidade”, pertencendo ao grupo de cerca de 3% de pacientes que não sobrevivem a procedimentos cirúrgicos cardíacos.
Abaixo, exploramos mais sobre o prolapso da válvula mitral, suas características, sintomas predominantes e as opções terapêuticas disponíveis.
O que é o Prolapso da Válvula Mitral?
A válvula mitral, uma das quatro válvulas cardíacas, localiza-se entre o átrio e o ventrículo esquerdos, sendo responsável por regular o fluxo sanguíneo.
No caso do prolapso da válvula mitral, essa estrutura torna-se excessivamente flexível, resultando em um fechamento inadequado.
A função da válvula é impedir o retorno do sangue quando o ventrículo bombeia para o organismo. No entanto, no prolapso, parte do sangue retorna ao átrio esquerdo, não sendo devidamente impulsionado ao organismo.
Esse fenômeno ocorre porque uma parte das estruturas chamadas cúspides ultrapassa o ponto de fechamento, permitindo o retorno sanguíneo e originando o prolapso.
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Causas do Prolapso da Válvula Mitral:
As causas frequentemente têm origem genética, indicando que a presença do prolapso em membros da família aumenta o risco para outros familiares.
No entanto, é crucial destacar que a presença em um membro não garante que outros também desenvolverão a condição, embora haja um aumento no risco.
Além da predisposição genética, o prolapso da válvula mitral pode estar vinculado a outras condições genéticas.
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Sintomas Comuns do Prolapso da Válvula Mitral:
Muitas pessoas com prolapso da válvula mitral podem ser assintomáticas, com a condição frequentemente identificada durante exames cardíacos de rotina.
Entretanto, em alguns casos, podem surgir sintomas como tonturas, falta de ar, cansaço, arritmias ou palpitações perceptíveis e regurgitação mitral.
O mais recomendado, continua sendo ir ao médico especialista e fazer exames de rotina para prevenir, identificar, manter cuidado, e caso haja algo, tratar. Não busque realizar autodiagnóstico em casa.
Procedimentos Cirúrgicos e Opções Terapêuticas: Quando É Algo Preocupante?
A cirurgia para tratar o prolapso da válvula mitral visa, em geral, preservar a válvula. A chamada plastia é comumente realizada, envolvendo a adição de estruturas para sustentar a válvula, como um anel, e suturas específicas.
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Contudo, em alguns casos, a plastia pode não ser viável. Nesses momentos, opta-se entre duas abordagens: transtorácica, com um transdutor sobre o tórax, ou transesofágica, usando uma sonda esofágica para uma visão tridimensional mais próxima do coração.
A escolha entre as abordagens depende dos sintomas apresentados pelo paciente e da avaliação do ecocardiograma.
A perda de João Carreiro destaca a importância da conscientização sobre condições cardíacas, seus tratamentos e a necessidade de abordagens médicas personalizadas.
A fatalidade que ocorreu no cenário da cirurgia cardíaca destaca a complexidade desses procedimentos e os desafios que ainda existem na área da saúde cardíaca.
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