Você vai acompanhar como a CPMI do INSS entrou em fase decisiva para investigar suspeitas de desvios em pensões e aposentadorias. A comissão convocou nomes-chave como Jucimar Fonseca e Thiago Schettini para explicar autorizações de desbloqueio de descontos e possíveis ligações com consultorias e o grupo conhecido como Careca do INSS. Você verá as evidências sobre convênios que aplicavam descontos automáticos, viagens suspeitas e fluxos financeiros que podem revelar uma rede de influência. O objetivo é entender se houve falha isolada ou um esquema maior.
- CPMI entrou em fase decisiva com novas oitivas
- Jucimar e Thiago foram convocados por indícios de favorecimento
- Jucimar liberou descontos que permitiram cobranças indevidas
- Thiago é visto como elo com viagens e movimentações suspeitas
- CPMI quer rastrear fluxos, responsabilizar envolvidos e aumentar controles
CPMI convoca ex-coordenador do INSS e empresário apontado por esquema de desvios
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) marcou depoimentos para tentar fechar o círculo das suspeitas no INSS. Às 14h30, parlamentares vão interrogar o ex-coordenador Jucimar Fonseca da Silva e o empresário Thiago Schettini. Eles são vistos como peças-chave para entender por que descontos voltaram a circular na folha de pagamento dos aposentados e pensionistas.
A convocação veio após a comissão identificar indícios de que ambos possam ter agido — direta ou indiretamente — favorecendo entidades sob investigação.
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Gestão de benefícios e desbloqueios em lote voltam ao centro do debate
Você já ouviu falar em desbloqueio em lote? Foi isso que mudou o jogo. Jucimar, quando ocupou cargos estratégicos, autorizou a reativação em massa de descontos ligados a associações. Parlamentares afirmam que essa reativação contrariou parecer da procuradoria do INSS, o que permitiu que associações já monitoradas pela Polícia Federal tivessem acesso à folha de pagamentos. Para os segurados, isso pode significar cobranças inexplicadas no benefício.
Atuação de Schettini é peça-chave para entender repasses suspeitos
Thiago Schettini aparece como elo entre grupos investigados. A CPMI quer saber se ele atuava como facilitador de contratos ou recebia contrapartidas. Segundo a investigação, ele teria recebido recursos da União Nacional de Auxílio aos Servidores Públicos (Unaspub) e da Prospect Consultoria Empresarial, ligada ao lobista conhecido como Careca do INSS.
A Polícia Federal apontou sinais estranhos nas finanças de Schettini, com registros que ligam viagens a movimentações bancárias. A comissão quer esclarecer se essas viagens estavam relacionadas a contratos, vantagens ou ao suposto esquema de infiltração.
Entidades sob questionamento e o impacto sobre os segurados
As denúncias mostram que associações e consultorias usavam convênios para aplicar descontos automáticos nos benefícios. Muitos segurados reclamaram de cobranças por serviços que não solicitaram. As reclamações cresceram nos canais do INSS e em órgãos de defesa do consumidor — um dano direto ao bolso do cidadão.
Caminho do dinheiro e conexões com servidores e consultorias
A CPMI busca rastrear pagamentos, depósitos e transferências para entender como o dinheiro circulou. Há referências a pagamentos feitos por consultorias e a uma rede com influência dentro do INSS. O nome do lobista Antonio Carlos Camilo Antunes (Careca do INSS) surge ligado a essa teia. Seguir a trilha financeira pode revelar pontos de cruzamento entre funcionários públicos e empresas privadas, e apontar responsáveis.
O que a CPMI pretende esclarecer com os novos depoimentos
A comissão busca respostas diretas, especialmente sobre:
- Se o desbloqueio em lote foi decisão isolada ou parte de articulação maior;
- Se Schettini intermedeava contratos ou recebia contrapartidas;
- Como viagens e movimentações financeiras se relacionam com contratos e convênios;
- Se o fluxo de recursos prova existência de rede para influenciar decisões dentro do INSS.
Essas respostas vão compor o relatório final da CPMI e orientar medidas para proteger benefícios.
Transparência e rastreabilidade como prioridades futuras
Especialistas defendem mais controle e rastreio das autorizações de descontos. Hoje, muitos processos dependem de atos manuais, o que abre brechas para erro e abuso. A CPMI deve sugerir regras mais rígidas, como maior automação nas validações, auditorias regulares e critérios claros para celebrar convênios. Se implementadas, essas medidas reduzem surpresas no extrato do segurado.
Conclusão
A investigação da CPMI sobre o INSS é relevante para a proteção do seu benefício. As oitivas com Jucimar Fonseca e Thiago Schettini buscam puxar o fio da meada para entender se houve falha isolada ou um esquema envolvendo desbloqueio em lote, convênios e o grupo ligado ao Careca do INSS.
Provas sobre fluxo financeiro, viagens e autorizações podem abrir a caixa-preta das cobranças indevidas. As prioridades são duas: transparência e rastreabilidade. Resultado esperado: controles mais rígidos, auditorias regulares e mecanismos automáticos para validar descontos — medidas práticas para proteger seu bolso.
Perguntas frequentes
Você deve acompanhar a CPMI do INSS?
Sim. A CPMI investiga fraudes e descontos indevidos; acompanhar ajuda a proteger seu benefício.
Como a CPMI pode afetar meu benefício?
Pode identificar descontos cobrados sem autorização, possibilitando restituição e bloqueio de práticas irregulares.
Quem está sendo investigado e por quê?
Citam-se Jucimar Fonseca e Thiago Schettini, além de consultorias ligadas ao “Careca do INSS”. Há suspeitas de desbloqueio de descontos e articulação para favorecer entidades.
Que mudanças a CPMI pode recomendar?
Medidas como mais transparência, rastreabilidade e controles rígidos nos convênios, além de auditorias e punições.

