Neste artigo você vai entender por que o STF manteve a condenação de Jair Bolsonaro depois que a Primeira Turma rejeitou o recurso da defesa. Dois ministros já votaram pela rejeição e os argumentos foram considerados sem novos elementos. A decisão reforça o papel do Tribunal na proteção da ordem democrática.
Na última decisão: o voto de Flávio Dino e o que isso significa para você
Na sexta-feira, 7/11, o ministro Flávio Dino votou ao lado do relator Alexandre de Moraes e rejeitou o recurso da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro. A Primeira Turma entendeu que os argumentos apresentados já tinham sido examinados antes e não trouxeram fatos novos. O voto fechou em 2 a 0 até agora; o placar final será formado no plenário virtual, que vai até 14 de novembro. O caso faz parte do processo que investiga a tentativa de golpe, cuja tramitação e possíveis desdobramentos têm sido amplamente cobertos (veja a matéria sobre o julgamento relacionado à tentativa de golpe).
Veja também:
Como foi o entendimento do STF sobre o recurso de Bolsonaro?
O relator Alexandre de Moraes afirmou que a defesa apresentou apenas inconformismo com a decisão anterior, sem demonstrar omissões ou contradições novas. Flávio Dino concordou. Em síntese: a Turma não reabriu discussão sobre pontos já debatidos porque não houve novos elementos a justificar revisão.
O processo integra o chamado núcleo 1 e faz parte de uma série de recursos relacionados cujos efeitos podem alcançar outros setores e procedimentos institucionais — entenda melhor o impacto dessas decisões no dia a dia político e jurídico.
Como a defesa de Bolsonaro justificou o recurso?
A defesa protocolou embargos de declaração em 27 de outubro, alegando injustiças e equívocos no julgamento anterior. A Turma entendeu que:
- Não foram apresentadas novas provas;
- As questões levantadas já tinham sido respondidas;
- O pedido refletiu descontentamento, não erro processual que exija correção.
Imagine pedir revisão de uma prova sem indicar onde está o erro: reclamar do resultado não é suficiente para obter alteração.
Quais são as próximas etapas?
Você pode acompanhar assim:
- O plenário virtual segue aberto até 14 de novembro. Os demais ministros da Primeira Turma ainda vão votar; o placar final só aparecerá depois. As decisões deste caso também podem ter repercussões políticas importantes para 2026, dependendo do desfecho final.
- Se o resultado confirmar a rejeição, o recurso ficará definitivamente rejeitado; caso contrário, haverá nova discussão sobre pontos específicos.
- O STF também avalia recursos de outros acusados ligados ao mesmo inquérito, como Alexandre Ramagem, Almir Garnier e Walter Souza Braga Netto — pedidos que, até agora, também foram considerados infundados.
- O caso do tenente-coronel Mauro Cid já tem decisão definitiva, o que pode servir de parâmetro para desdobramentos.
Pense nisso como uma fila de tribunal: alguns processos já foram concluídos; outros aguardam votos que podem mudar o rumo. Há, ainda, desdobramentos políticos entre aliados e operadores que podem influenciar estratégias públicas e partidárias; veja exemplos de crises internas reportadas na cobertura sobre alianças e movimentos de bancada.
Decisões já tomadas pela Primeira Turma
- Jair Bolsonaro: embargos rejeitados até o momento — placar parcial 2 a 0.
- Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Walter Braga Netto: defesas consideradas sem fundamento pela Turma.
- Mauro Cid: decisão final já tomada.
Essas decisões mostram que a Turma prioriza argumentos factuais e provas, não meras reclamações.
Conclusão
O STF manteve, até o momento, a condenação de Jair Bolsonaro ao rejeitar o recurso — placar parcial 2 a 0. A Turma entendeu não haver fatos novos ou erros processuais capazes de reverter a decisão. O plenário virtual segue aberto até 14 de novembro; o resultado final depende dos próximos votos. Outros envolvidos também tiveram pedidos considerados infundados, o que demonstra a linha do colegiado em privilegiar provas e evitar manobras que atrasem o processo.
Perguntas frequentes
O que são embargos de declaração?
Os embargos de declaração servem para apontar omissão, obscuridade ou contradição em decisão. Se houver ponto novo e claro, o tribunal pode corrigir; se for apenas reclamação do resultado, o pedido tende a ser rejeitado.
O que significa o placar 2 a 0?
Significa que dois ministros já votaram contra o recurso. Faltam outros votos para a decisão final da Turma.
O recurso pode voltar à estaca zero?
Só se a defesa trouxer provas ou fatos novos que justifiquem reabertura. Sem novidade, a decisão é mantida.
Isso põe fim ao processo todo?
Não necessariamente. Essa é uma etapa recursal. Outros recursos e instâncias podem surgir conforme os próximos atos processuais.
Por que o STF age assim?
Os ministros aplicam a lei e protegem a ordem democrática. Recursos sem novidade são rejeitados para evitar manobras protelatórias.

