Você vai entender como a Lei do Superendividamento protege aposentados, pensionistas e beneficiários do BPC e permite a renegociação de dívidas de consumo com juros menores e parcelas que cabem no seu bolso. A lei não apaga todas as dívidas: impostos, multas, pensão alimentícia, crédito rural e financiamentos imobiliários ficam fora, assim como obrigações feitas de má-fé. Os tribunais exigem respeito ao mínimo existencial para moradia, alimentação e saúde, e há limites para descontos em folha para não comprometer seu sustento. Você também vai aprender onde buscar ajuda — Procon, Defensoria, fórum e mutirões — e como negociar condições justas para recuperar sua tranquilidade financeira.
- Idosos podem renegociar dívidas de consumo com redução de juros e parcelas que caibam na renda.
- Impostos, multas, pensão alimentícia e financiamentos imobiliários não são cobertos pela proteção.
- A lei garante que acordos não podem tirar o mínimo necessário para moradia, comida e saúde.
- Descontos em folha para empréstimos consignados não podem inviabilizar o sustento do aposentado.
- Procure Procon, Defensoria ou mutirões para pedir ajuda e negociar suas dívidas.
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Você já sentiu que as contas cresceram mais que sua renda? Desde a Lei do Superendividamento (Lei nº 14.181/2021) há proteção para quem está com as finanças no limite. Não é mágica que apaga dívida, mas pode aliviar bastante. Abaixo mostramos quais dívidas de consumo podem ser renegociadas e quais ficam fora da proteção. Leia com calma — são informações práticas para agir já.
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O que é a Lei do Superendividamento e como ela funciona em 2025
A Lei do Superendividamento protege quem contraiu dívidas de boa-fé e ficou sem o mínimo para viver. Em 2025, tribunais e órgãos de defesa do consumidor têm aplicado a lei com mais força. O objetivo é preservar o mínimo existencial — o valor que garante moradia, alimentação e saúde.
A lei não apaga débitos. Ela permite renegociação com juros menores, prazos mais longos e parcelas que caibam no seu orçamento. Você pode buscar solução administrativamente (Procon, Defensoria, mutirões) ou pela Justiça.
Principais pontos da lei
A lei trouxe mudanças importantes para proteger aposentados e beneficiários:
- Proteção ao mínimo existencial: descontos não podem deixar você sem o básico.
- Planos de pagamento: dívidas de consumo podem entrar em um plano supervisionado.
- Atuação conjunta: Defensoria, Procon, Banco Central e tribunais ajudam na renegociação.
- Mais alcance em 2025: o entendimento nos tribunais fortaleceu a proteção para idosos.
Quais dívidas o aposentado pode renegociar
A lei alcança as chamadas obrigações de consumo. Entre as mais comuns que você pode renegociar estão:
1) Cartão de crédito e saldo rotativo
Se as faturas viraram bola de neve, peça redução de juros e parcelamento em condições que caibam no seu bolso.
2) Empréstimo pessoal com bancos e financeiras
Empréstimos contratados para consumo estão cobertos. Negocie juros, prazo e valor das parcelas.
3) Cheque especial
Apesar dos juros altos, o cheque especial pode entrar em planos de pagamento mais justos.
4) Parcelamentos no crediário (móveis, eletrodomésticos, carnê)
Financiamentos de consumo, como móveis ou eletrônicos, também podem ser revistos quando comprometem sua renda.
Essas dívidas podem integrar um plano judicial ou acordos administrativos que considerem sua renda e despesas fixas.
O que não entra na proteção da lei
Nem tudo pode ser renegociado. Ficam de fora:
- Impostos
- Multas
- Pensão alimentícia
- Crédito rural
- Financiamentos imobiliários
- Dívidas contraídas de má-fé
A ideia é proteger quem precisa do básico, não beneficiar quem agiu de forma irregular ou contratos fora da natureza de consumo.
Como o aposentado pode renegociar as dívidas em 2025 — Passo a passo atualizado
Ter um plano ajuda. Faça assim:
Passo 1: Reúna documentos
Separe sua comprovação de renda, extratos bancários, contratos e faturas em atraso.
Passo 2: Calcule seu orçamento
Anote sua renda e gastos fixos. Veja quanto sobra. Isso é seu ponto de partida.
Passo 3: Procure órgãos de defesa
Vá ao Procon, à Defensoria Pública ou ao fórum. Participe dos mutirões de negociação.
Passo 4: Peça um plano compatível
Solicite redução de juros, prazos maiores e parcelas que não comprometam o mínimo existencial.
Passo 5: Formalize o acordo
Fechado o acordo, peça tudo por escrito. Em processo judicial há supervisão do juiz para garantir justiça.
Passo 6: Acompanhe e cumpra
Se você se comprometeu, cumpra. Isso evita a volta ao ciclo da dívida.
Limite para descontos em empréstimos consignados
Em 2025, a regra geral é desconto máximo de 30% da sua renda líquida para empréstimos consignados, com 5% adicionais exclusivos para cartão consignado. Tribunais já têm decidido que, mesmo dentro desse limite, o desconto não pode tirar seu sustento. Se a margem comprometer seu dia a dia, peça revisão.
Mutirões de renegociação e acordos coletivos
O Mutirão Nacional de Negociação e Orientação Financeira 2025 ajudou muita gente. Bancos, Banco Central e Procons reduziram juros e parcelaram dívidas. Novas rodadas devem ocorrer em 2026. Fique de olho nas datas e compareça com documentos — você pode conseguir condições bem melhores.
Em resumo: aposentado tem direito a viver com dignidade
Se as dívidas estão comendo sua aposentadoria, há instrumentos legais e ajuda prática. Procurar apoio cedo é a melhor forma de não perder o essencial. Você tem direito de pedir uma renegociação justa.
Conclusão
Agora você sabe: a Lei do Superendividamento não apaga dívidas, mas dá ferramentas para recuperar o fôlego. Com renegociação, redução de juros e prazos maiores, é possível montar parcelas que realmente caibam no seu bolso — passo a passo.
Lembre-se: o mínimo existencial (moradia, alimentação e saúde) é protegido. Descontos em folha e consignados não podem deixá-lo sem o essencial. Procure Procon, Defensoria ou mutirões para negociar com segurança e formalize tudo por escrito. A Justiça pode supervisionar quando necessário.
Perguntas Frequentes (FAQ)
A Lei do Superendividamento perdoa dívidas?
Não. A lei não apaga dívidas, mas permite renegociar juros e prazos para que você consiga pagar sem comprometer o sustento.
Quem pode pedir a renegociação?
Qualquer pessoa física — incluindo aposentados, pensionistas e beneficiários do BPC/LOAS — desde que tenha agido de boa-fé.
O que significa mínimo existencial?
É o valor básico para viver com dignidade — alimentação, saúde e moradia. Em 2025, foi adotado como piso R$ 600,00 por decreto federal.
Onde buscar ajuda para renegociar?
Procure o Procon, a Defensoria Pública, o Fórum da sua cidade e participe dos mutirões organizados pelo Banco Central e pela Febraban. Leve comprovantes de renda e despesas.
Quais dívidas não entram na renegociação?
Ficam de fora impostos, multas, pensão alimentícia, crédito rural e financiamentos imobiliários. Também não entram dívidas contraídas de má-fé.