Você viu um vídeo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicando um site para consulta de indenização e quer saber se é verdade? Não é. O clipe foi manipulado por inteligência artificial (deepfake) para promover um golpe que rouba dados pessoais.
Resumo rápido
- O vídeo é um deepfake: Haddad não fez essa recomendação.
- O site anunciado é golpe: não clique nem forneça dados.
- Inserir informações pode resultar em furto de identidade, clonagem de cartões e vendas de dados.
- Verifique sempre fontes oficiais antes de confiar ou compartilhar.
Como identificar vídeos falsificados
Fique atento a sinais comuns de deepfakes:
- Áudio e movimento labial desalinhados; voz cortada.
- Expressões faciais estranhas, piscadas incomuns ou traços moles.
- Qualidade diferente de outras aparições públicas da mesma pessoa.
- Links suspeitos na descrição ou nos comentários (erros de grafia, domínios estranhos).
- Ausência de confirmação em canais oficiais (site do ministério, perfis verificados, portais confiáveis).
Faça um teste simples: procure a mesma notícia em veículos sérios. Se só aparece em redes sociais ou grupos, desconfie. Muitos golpes se espalham por mensagens e falsas recomendações — como esquemas que usam promoções de aplicativos e mensagens para induzir ao clique, similar ao que foi visto em casos do tipo golpe do WhatsApp de ouro.
Como checar se um site é seguro
Antes de clicar em qualquer link:
- Verifique o domínio: erros de grafia e extensões estranhas são sinais de alerta.
- Confirme o HTTPS (cadeado) — não é garantia total, mas ajuda.
- Pesquise o site no Google e em serviços de quemis (Whois) para ver data de criação e responsáveis.
- Busque avaliações e reclamações em Reclame Aqui e redes sociais.
- Não informe CPF, RG, senhas, dados bancários ou de cartão sem confirmar a procedência.
Sites falsos muitas vezes estão relacionados a fraudes financeiras — por exemplo, golpes que simulam comprovantes de transferência. Se houver risco de perda financeira, siga práticas recomendadas para proteger seu dinheiro, como as descritas na matéria sobre falso comprovante de PIX e nas orientações sobre como proteger seu PIX após roubo.
Imposto no aluguel: esclarecimento rápido
Mensagens alarmistas sobre imposto novo no aluguel costumam ser imprecisas.
- Quem recebe aluguel precisa declarar essa renda no Imposto de Renda (pessoa física).
- Inquilino, em geral, não paga imposto sobre o valor do aluguel; quem tributa é quem recebe.
- Consulta a um contador ou ao site da Receita Federal esclarece dúvidas específicas.
O que fazer ao encontrar conteúdo suspeito
Ações práticas e imediatas:
- Não clique no link. Não compartilhe.
- Procure a versão oficial (site do órgão, perfil verificado).
- Use portais de fact-checking e pesquisa no Google.
- Denuncie a publicação na plataforma (Facebook, WhatsApp, Instagram, YouTube).
- Se já forneceu dados: bloqueie cartões, troque senhas, contate o banco e registre boletim de ocorrência.
- Salve evidências (prints, URL) para facilitar investigação.
Para denúncias e investigações, operações policiais e ações contra fraudes já mostraram como esquemas complexos atuam, inclusive envolvendo servidores e funcionários de instituições — veja exemplo de operações que investigaram fraudes milionárias para entender a amplitude do problema: desmantelamento de esquema de fraudes milionárias e a operação que recupera benefícios.
Se você já compartilhou por engano
- Apague o post ou encaminhamento.
- Avise quem recebeu: diga que é falso e peça para não clicar.
- Siga as medidas de segurança (bloqueio, senhas, polícia) se inseriu dados.
- Admitir o erro ajuda a conter a propagação.
Se suas informações financeiras foram expostas ou você tem risco de clonagem de cartão, siga imediatamente as orientações sobre bloqueio e proteção, como as listadas em matérias que tratam de roubos de PIX e riscos ao sacar em maquininhas: proteção pós-roubo do PIX e riscos ao sacar com cartão em maquininha.
Golpes que usam o nome de órgãos oficiais e grandes empresas também têm visado beneficiários e aposentados — fique atento a fraudes que se passam pelo INSS e por bancos: fraudes com nome do INSS e grandes bancos e alertas específicos para aposentados em novo golpe do INSS contra aposentados.
Conclusão
O vídeo é um deepfake. Haddad não recomendou nenhum site — o clipe foi manipulado para empurrar um golpe. Não clique, não compartilhe e não forneça seus dados. Se já fez isso, aja rápido: bloqueie cartões, troque senhas, contate seu banco e registre boletim de ocorrência. Denuncie o conteúdo e avise outras pessoas para evitar que mais gente caia na armadilha.
Para mais informações sobre como golpes usam documentos e comprovantes falsos ou vazamentos de dados para aplicar fraudes, consulte matérias relacionadas sobre o tema, como o alerta sobre o maior vazamento do PIX e cuidados necessários: vazamento do PIX e proteção e o texto sobre falso comprovante de PIX.
Perguntas frequentes
- O vídeo que mostra Haddad indicando um site de indenização é real?
Não. É um deepfake criado para promover um golpe. - Como identifico que um vídeo do Haddad é falso?
Procure sincronia labial estranha, áudio cortado, expressão facial artificial e verifique canais oficiais. - O que acontece se eu colocar meus dados nesse site?
Seus dados podem ser roubados, vendidos ou usados para fraudes e clonagem de cartões; golpes desse tipo costumam envolver comprovantes e transferências falsas, como nos casos de comprovantes de PIX falsos. - O que devo fazer se encontrar esse conteúdo nas redes?
Não clique, não compartilhe e denuncie à plataforma. Verifique em fontes oficiais e sites de checagem. - Para quem devo reportar o golpe?
Denuncie na própria rede social, à polícia ou delegacia de crimes cibernéticos e avise familiares e contatos. Em casos envolvendo benefícios ou indevidas movimentações, acompanhe ações e investigações como as mostradas em matérias sobre fraudes no INSS: operação de investigação.