O pagamento de precatórios no Brasil é uma questão complexa que afeta milhares de pessoas, incluindo aposentados, pensionistas e outros beneficiários de programas sociais. Para 2025, o governo brasileiro prevê desembolsar R$ 70,7 bilhões em precários, conforme relatório recente da Secretaria de Orçamento Federal. Este valor representa um aumento significativo em relação ao montante pago no ano anterior, evidenciando a crescente demanda e o acúmulo de dívidas judiciais.
Os precatórios são ordens para pagamento de dívidas judiciais que o governo precisa honrar após a decisão final em processos judiciais. Eles geralmente envolvem valores superiores a 60 salários mínimos e incluem diversos tipos de despesas, como previdenciárias e trabalhistas. Com uma carga financeira expressiva, o governo tem buscado estratégias para gerir esses débitos e garantir o cumprimento das obrigações judiciais.
Quais são os Principais Tipos de Precatórios?

A classificação dos precatórios se dá, principalmente, pelo tipo de despesa a que se referem. Em 2025, destaca-se o montante destinado aos precatórios de outros custeios, que representam quase 60% do total. Estes geralmente estão relacionados a gastos de capital do governo, como investimentos em infraestrutura e manutenção.
Além disso, os precatórios previdenciários ocupam um espaço relevante, representando cerca de 30% do total. Esses são comumente associados a revisões nas aposentadorias e pensões, bem como a benefícios assistenciais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Já os precatórios relacionados a despesas de pessoal constituem cerca de 10% do total, refletindo em demandas salariais e afins.
Por Que os Precatórios são Importantes?
O pagamento de precatórios é essencial para garantir o cumprimento das decisões judiciais e assegurar direitos conquistados por meio da justiça. Este mecanismo visa assegurar que o governo honre suas dívidas, oferecendo uma certa estabilidade e confiança no sistema legal. Ademais, a liberação desses recursos tem um impacto direto na economia, já que injecta dinheiro no mercado, ajudando a movimentar setores diversos.
No entanto, o elevado volume dessas dívidas também pode apresentar desafios significativos para a gestão fiscal. A necessidade de pagar grandes somas em precatórios anualmente pode restringir a capacidade de investimento do governo em outras áreas crucial, como saúde e educação.
Como Consultar o Andamento de Um Precatório?
Cidadãos que têm processos judiciais contra a União podem consultar o andamento de seus precatórios por meio do advogado responsável ou diretamente no site da Justiça Federal ou do tribunal envolvido. É importante verificar se o caso foi completamente julgado e se está habilitado para pagamento no período especificado. Normalmente, a indicação “PREC” denota que se trata de um precatório, em oposição a uma Requisição de Pequeno Valor (RPV).
A distinção entre precatório e RPV é crucial, já que os RPVs envolvem valores inferiores e são pagos de maneira mais ágil, geralmente em até 60 dias após a decisão judicial. Para precatórios, o pagamento é programado para o ano seguinte à ordem judicial final, demandando, assim, um maior planejamento por parte dos beneficiários.
O Impacto Social e Econômico dos Precatórios
O pagamento de precatórios não só garante justiça aos cidadãos, mas também fortalece a economia, dado o fluxo de recursos liberados. No entanto, é essencial equilibrar essa obrigação com a necessidade de investimentos em políticas públicas sustentáveis. Com isso, o governo enfrenta o desafio de gerir estrategicamente suas finanças, assegurando que os compromissos judiciais sejam honrados sem comprometer outros importantes setores socioeconômicos.

