Na última quarta-feira, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) reiniciou o leilão da folha de pagamentos que se estende entre 2025 e 2029. Esse evento sugere um acréscimo significativo aos cofres do Tesouro Nacional, prevendo-se arrecadar cerca de R$ 6 bilhões anuais. O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, declarou que o interesse demonstrado pelos bancos e as ofertas iniciais superaram as expectativas governamentais. No leilão, 25 instituições financeiras disputam 26 lotes, evidenciando a atratividade do certame. A ação, que se almeja finalizar até hoje, mostra um cenário positivo para o governo, contribuindo para as finanças públicas.
Qual é o contexto legal em torno do leilão do INSS?
A realização do leilão enfrentou desafios judiciais, com uma decisão contrária às novas normas de crédito consignado. Contudo, o INSS prosseguiu com a atividade enquanto busca reverter tal liminar. A referida norma embargada pela Associação Brasileira de Bancos (ABBC) aborda o bloqueio de 90 dias das contas de beneficiários do INSS, o que criaria uma janela de exclusividade para certas instituições financeiras antes que outras possam ofertar seus serviços.
Como funciona o leilão da folha de pagamento do INSS?
O leilão estabelece uma ordem de preferência para instituições financeiras processarem pagamentos administrados pelo INSS. Como critério, os bancos devem possuir capacidade operacional robusta para gerir o volume de transações, oferecer serviços sem tarifas aos segurados, e permitir que os beneficiários mantenham contas correntes nos bancos de sua escolha. Além disso, é imprescindível que os órgãos pagadores dispõem de caixas eletrônicos ou terminais físicos para facilitar o desembolso dos benefícios.
Quais são as implicações das novas regras de consignado?

As normas propostas pelo INSS visam diminuir o assédio bancário, um problema comum enfrentado pelos aposentados ao contratarem crédito consignado. Com essas regras, espera-se que os segurados ganhem mais controle e tranquilidade em suas decisões financeiras, uma vez que o período de exclusividade limita a oferta agressiva de crédito.
A cláusula que determina um bloqueio de 90 dias para contas abertas por novos aposentados é a principal contestação. Tal medida, enquanto aguarda decisão judicial, poderia impulsionar o interesse de outras instituições em atrair clientes, reforçando, assim, a competitividade no setor de serviços financeiros.
Impactos esperados e próxima fase do leilão
O retorno do leilão é avaliado como uma oportunidade para fortalecer o fluxo financeiro ao tesouro público, apesar das controvérsias em torno das normas consignadas. A expectativa é que, após vencidas as barreiras judiciais, o evento traga benefícios expressivos tanto para o governo quanto para os beneficiários do INSS.
O processo deve concluir dentro do prazo programado, mas a atuação contínua das partes envolvidas, em especial a Associação Brasileira de Bancos, poderia ainda influenciar mudanças futuras nas diretrizes para crédito consignado.