São Paulo — Gavião Peixoto, localizada no interior do estado de São Paulo, conquistou o primeiro lugar em um levantamento sobre a qualidade de vida dos municípios brasileiros. A pesquisa envolveu 5,7 mil cidades, destacando Gavião Peixoto por sua excelência em diversos aspectos.
Entre as 20 melhores avaliações, 13 municípios se encontram no interior paulista. Entre eles, podemos citar São Carlos, Nuporanga, Indaiatuba, Gabriel Monteiro, Águas de São Pedro, Jaguariúna e Araraquara. A notoriedade dessas cidades reforça o predomínio do interior de São Paulo em termos de qualidade de vida.
Quais os critérios do levantamento de qualidade de vida?

O estudo, nomeado de IPS Brasil, utilizou pela primeira vez o Índice de Progresso Social (IPS). Essa metodologia internacional avalia o bem-estar da população com base em dados oficiais de todas as cidades brasileiras.
O IPS é dividido em três dimensões principais:
- Necessidades humanas básicas
- Fundamentos para o bem-estar
- Oportunidades
Cada uma dessas dimensões é composta por quatro componentes, que juntos geram uma média final. A pontuação varia de 0 a 100, sendo que maiores pontuações indicam uma melhor qualidade de vida nas cidades avaliadas.
Como Gavião Peixoto conseguiu se destacar?
Gavião Peixoto alcançou a impressionante nota de 74,49. Com pouco mais de 4,7 mil habitantes, a cidade se destaca por estar próxima a importantes polos regionais como São Carlos e Araraquara. A pequena população e a proximidade com centros urbanos maiores contribuem para a alta qualidade de vida do município.
Entre os fatores que colaboraram para essa nota, podemos citar:
- Bom acesso a serviços básicos e de saúde
- Alta taxa de educação e desenvolvimento humano
- Infraestrutura urbana de qualidade
- Segurança e bem-estar social
Como outras cidades se saíram no estudo?
A avaliação também se estendeu às capitais do país. São Paulo, por exemplo, é a sexta melhor capital (com pontuação de 68,79). Brasília (DF) lidera o ranking das capitais com 71,25, seguida por Goiânia (GO) com 70,49, e Belo Horizonte (MG) com 69,62.
No outro extremo, Uiramatã, no extremo norte de Roraima, obteve a pior nota do estudo com 37,63. Esse município possui a maior proporção de população indígena no Brasil, o que influencia no resultado, já que o IPS não mede indicadores indígenas especificamente.
O levantamento utilizou mais de 300 indicadores que foram filtrados até chegar a 52. Esses indicadores provêm de órgãos oficiais e institutos de pesquisa como o DataSUS, Conselho Nacional de Justiça, Mapbiomas, Anatel, e CadÚnico.
Em resumo, o desempenho de Gavião Peixoto no IPS Brasil mostra como uma combinação de bons serviços públicos, infraestrutura de qualidade e uma população engajada pode elevar significativamente a qualidade de vida em um município. É um exemplo a ser seguido por outras cidades que buscam melhorar o bem-estar de seus habitantes.