A corrida pela Prefeitura de São Paulo está esquentando. Uma nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta terça-feira, 30, revela que a competição pela liderança está acirrada. Segundo o levantamento, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e o apresentador José Luiz Datena (PSDB) estão tecnicamente empatados. Nunes aparece com 20% das intenções de voto, enquanto Boulos e Datena têm 19% cada.
A pesquisa mostra uma margem de erro de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos, o que coloca os três candidatos em uma corrida bastante equilibrada. O levantamento também destacou o apoio dos eleitores a diferentes figuras políticas e como isso influencia nas escolhas para a eleição de outubro. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) são mencionados como importantes cabos eleitorais.
O cenário político de São Paulo soa como um reflexo da polarização nacional, com eleitores divididos entre alinhamentos políticos. Enquanto 25% dos paulistanos votariam em um candidato apoiado por Tarcísio de Freitas, apenas 20% o fariam se fosse um nome chancelado por Bolsonaro.
Pesquisa Genial/Quaest: Candidatos a Prefeito de São Paulo

O levantamento revelou que grande parte do eleitorado ainda está indecisa ou pouco informada sobre os apoios políticos. Apenas 25% dos eleitores sabem que o ex-presidente Lula apoia Ricardo Nunes, enquanto 42% têm conhecimento do apoio do atual presidente a Boulos. Curiosamente, mais da metade dos eleitores deseja um prefeito independente de Lula e Bolsonaro.
Essa independência política pode orientar as decisões de muitos eleitores, mostrando insatisfação com a polarização existente. O eleitorado está diversificado, buscando opções que possam trazer uma visão mais equilibrada para a cidade.
Como os Eleitores Votam? Influência das Figuras Políticas
Questionamentos sobre apoios políticos específicos mostraram um cenário interessante. Dos que votaram em Lula no segundo turno das eleições de 2022, 36% afirmaram que votarão em Boulos. Do outro lado, 35% dos eleitores de Bolsonaro pretendem votar em Nunes. Datena aparece como a segunda opção preferida entre os eleitores de Lula, com 22% das intenções de voto.
Mas a pesquisa vai além. Quando analisadas as intenções de voto nos diferentes estratos sociais, Datena lidera entre os que recebem até dois salários mínimos e possuem ensino fundamental completo. Ele também é o favorito entre os evangélicos, com 24% das intenções de voto.
Quais as Perspectivas para o Segundo Turno?
Ricardo Nunes, o atual prefeito, aparece em vantagem em todos os cenários de segundo turno testados pela pesquisa. Contra Guilherme Boulos, Nunes tem 45% das intenções de voto, enquanto Boulos tem 32%. Já contra o influenciador Pablo Marçal, Nunes lidera com 45% contra 22% de Marçal.
- Nunes contra Boulos: 45% a 32%
- Nunes contra Marçal: 45% a 22%
- Nunes contra Tabata Amaral: 47% a 26%
Apesar de estar empatado tecnicamente com Nunes e Boulos, Datena não foi testado nos cenários de segundo turno, mas ele é o candidato mais conhecido e também o mais rejeitado. Apenas 10% dos eleitores dizem não conhecê-lo, enquanto 48% afirmam que o conhecem e não votariam nele.
Quem Possui Menor Rejeição?
Boulos aparece como o segundo candidato mais rejeitado, com 40% dos eleitores afirmando que não votariam nele de jeito nenhum. Nunes é rejeitado por 36% dos eleitores, mas é menos conhecido, com 23% dos entrevistados dizendo que não o conhecem bem. Já Kim Kataguiri (União) e Marina Helena (Novo) possuem a menor rejeição entre os candidatos, com 22% cada.
Esses dados nos mostram uma disputa bastante aberta e dinâmica, onde o perfil, as alianças e a rejeição dos candidatos podem determinar o rumo da eleição na capital paulista. Até o momento, qualquer um dos três principais candidatos tem chances reais de sair vitorioso, tornando a corrida ainda mais emocionante e imprevisível.
A alta rejeição de Datena e Boulos pode ser um fator decisivo na reta final da campanha, enquanto Nunes parece ter uma leve vantagem nos cenários de segundo turno. Tudo indica que a disputa pela Prefeitura de São Paulo seguirá acirrada até o último minuto.