A recente exposição de Donald Trump, candidato à presidência dos Estados Unidos, veio reacender discussões sobre seu impacto na economia mundial, especialmente no que se refere à valorização do dólar. Analistas e especuladores debatem se sua reeleição poderia confirmar a força da moeda Americana.
O ocorrido não só intensificou seu favoritismo nas pesquisas como também trouxe à tona questões sobre políticas econômicas das quais o republicano poderia lançar mão. A possibilidade de um dólar mais forte, segundo a previsão de alguns, ou mais fraco, segundo outros, divide opiniões.
O que dizem os especialistas sobre o dólar em um possível governo de Trump?

Argumentos para um Dólar Mais Forte
Certos analistas, respaldados por promessas de políticas de Trump, argumentam a favor de um dólar mais valorizado. Este grupo acredita que políticas protecionistas, como tarifas mais altas na importação, poderiam proporcionar esta valorização ao diminuir o crescimento global e, consequentemente, puxar fluxos de capital para a segurança do dólar e dos títulos do tesouro americano.
Visões Contrárias e o Argumento para um Dólar Mais Fraco
Por outro lado, há especialistas como os da Gavekal que defendem uma visão de Trump mercantilista, desejando um dólar mais fraco para fortalecer a produção industrial dos Estados Unidos. Argumentam que uma moeda estadunidense menos valorizada tornaria os produtos americanos mais competitivos internacionalmente, com consequências positivas para a economia doméstica.
Escolha do Vice-Presidência e outras Influências na Economia
A escolha de J.D. Vance como vice na possível administração Trump é um sinal de que temas como manipulação de moedas como ferramentas de comércio exterior estão na mesa. Esses elementos reforçam a política de dólar fraco que alguns analistas preveem.
Jorge Dib, da Galapagos Capital, menciona que ainda não há um consenso. Ele descreve o mercado como “confuso”, tentando decifrar as entrelinhas das políticas fiscais e comerciais que Trump propõe. A complexidade aumenta com políticas expansionistas que poderiam estimular temporariamente a economia, mas que também poderiam levar a taxas de juros mais altas nos Estados Unidos, culminando em um dólar mais forte.
Consequências Globais e Impactos no Brasil
Rodrigo Cabraitz, da Principal Clarita, pondera sobre o efeito dessas políticas no contexto global, destacando que, embora o real brasileiro possa sofrer menos inicialmente, um possível enfraquecimento da China – uma grande parceira comercial do Brasil – devido às tarifas aumentadas poderia prejudicar significativamente a economia brasileira.
A narrativa sobre a valorização ou desvalorização do dólar sob um novo governo Trump apresenta nuances que refletem as complexidades da política econômica e internacional. O certo é que os próximos meses serão cruciais para definir os rumos da maior economia do mundo e seu impacto no sistema financeiro global.

