Na tarde desta terça-feira (16), o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados foi palco de um momento crucial para as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em 2018. Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) e investigado como um dos possíveis mandantes do crime, prestou depoimento por videoconferência, marcado por emoções e declarações contundentes.
Durante o depoimento, Brazão, que atualmente cumpre prisão na Penitenciária Federal de Porto Velho, expressou sua confiança na absolvição e mencionou o impacto emocional e físico que as acusações lhe causaram. O tom do seu testemunho foi de expectativa por justiça e frustração pela situação que enfrenta. “Confio na Justiça de Deus, confio no Supremo, confio na seriedade dos ministros. Nossos amigos, nossa família… peço desculpas, não consigo conter a emoção de estar presos e ser inocente”, disse ele visivelmente abalado.
Qual a Situação Atual das Investigações?
As suspeitas apontam que o crime teria sido planejado por Domingos junto com Chiquinho Baptista e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa. No entanto, todos os envolvidos, incluindo Brazão, negam suas participações. Este caso, que causou grande comoção nacional e internacional, ainda busca respostas concretas, enquanto novos depoimentos são coletados pelo Conselho de Ética.
Impacto do Caso Marielle Franco na Sociedade e na Política
O assassinato de Marielle Franco não foi apenas um ato de violência isolado; ressoou como um ataque às instituições democráticas e aos direitos humanos. Marielle, conhecida por sua luta em favor das minorias e contra a violência policial, é símbolo de resistência. “É inadmissível e absurdo este crime, e o responsável deve ser punido com rigor”, comentou Brazão ao reafirmar sua posição sobre o caso.
Declarações e Próximos Passos no Conselho de Ética
Além de Brazão, o Conselho de Ética ouviu outras testemunhas e está preparando a etapa final das oitivas. A deputada Jack Rocha (PT-ES), relatora do processo, tem a responsabilidade de consolidar as informações e apresentar um parecer final que será submetido à votação no conselho e, possivelmente, no plenário da Câmara.
É fundamental ressaltar que a justiça pela morte de Marielle vai além da possível cassação de mandatos. Envolvendo discriminações e violações dos direitos humanos, a luta por justiça também se expandiu para garantir maiores proteções legais, culminando na recente aprovação na Câmara de uma pena maior para homicídios que envolvem discriminação contra LGBT+, evidenciando a persistente necessidade de grupos vulneráveis por representação e segurança jurídica.
Em suma, à medida que os debates prosseguem e o Brasil acompanha ansioso, resta esperar que os próximos dias tragam algum tipo de esclarecimento e justiça para a família de Marielle Franco e todos aqueles que encaram este caso como um símbolo de luta por um país mais justo e igualitário.
